Além da autoria do hino da UEM, ele foi um dos precursores da extensão na UEM

A extensão e a cultura na UEM devem muito ao professor Ary Pereira Braga. Tendo iniciado a carreira docente na Universidade em abril de 1975, na gestão de Rodolfo Purpur, Braga logo assumia a direção da, então recém-criada, Diretoria de Promoção e Difusão Cultural e, junto com o professor Wilson Bressan, elaborou os cursos livres de artes, estruturou a Casa da Música (hoje Escola da Música) e a Casa da Dança.

["... ele sabia exatamente onde queria chegar”]

A artista plástica Tânia Machado conta que entrou na UEM, em 1983, a convite de Braga, que a chamou para dar aula em um dos cursos livres. Na visão dela, Ary Pereira Braga era uma pessoa assertiva, determinada e muito disciplinada. “A impressão que tenho é que ele sabia exatamente onde queria chegar”, opina.

Para ela, Braga sedimentou as bases da extensão na UEM com a implantação de vários cursos e com a abertura dos portões da UEM para a comunidade local. “Naquela época a Universidade estava ‘acontecendo’ e tinha grande importância para a cidade”, diz a artista plástica, destacando que, ao lado de Bressan, o professor Ary Pereira Braga foi peça fundamental para a arte e a cultura na instituição.

Braga ainda deixaria outro legado: o hino Salve a UEM, composto por ele no final da década de 1970, em parceria com os professores Aniceto Matti e Wilson Bressan.

O professor nasceu em 3 de julho de 1933, em Glicério, interior de São Paulo. Formou-se em Teologia, em 1964, e em Filosofia, em 1970. No ano de 1985, recebeu o título de mestre em Filosofia Social. Permaneceu na UEM até maio de 2000, quando se aposentou pelo Departamento de Ciências Sociais da Universidade. Ary Pereira Braga morreu no dia 27 de fevereiro deste ano.