11 de setembro chileno

Ideia é resgatar a história que culminou na derrubada de um presidente democraticamente eleito, dando início à uma ditadura militar

Para resgatar as circunstâncias e as consequências do golpe miltar que tiraram do cargo o presidente do Chile, Salvador Allende, em 1973, o Instituto Paranaense de Estudos Geográficos, Econômicos, Sociais e Políticos (Ipegesp) promoverá, em parceria com o Espaço Marx, na quarta-feira (11), um debate sobre o 11 de Setembro Chileno.

Participarão da mesa de discussões o geógrafo e professor de História Manuel Jose Espech Almeyda, ex-membro da Juventude do Partido Socialista chileno, atual presidente do Ipegesp; o professor Pedro Jorge de Freitas, do Departamento de Ciências Sociais da UEM (DCS), coordenador do Espaço Marx; e o servidor público aposentado Victor Diego Santander, membro da Juventude do Partido Comunista na época do golpe.

O debate ocorrerá no anfiteatro Ney Marques, a partir das 19h30. A ideia é fazer uma discussão aprofundada sobre esse capítulo da história chilena, a partir da vivência e estudos acumulados pelos três participantes. Não há necessidade de inscrição prévia e o acesso para acompanhar o evento é gratuito. 

O Golpe de Estado de 11 de Setembro no Chile, em 1973, derrubou o regime democrático constitucional do País e seu presidente, Salvador Allende, numa articulação de oficiais da Marinha e do Exército chilenos, com apoio militar e financeiro dos Estados Unidos, CIA e de organizações terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de tendências nacionalistas-neofascistas.

O golpe foi liderado pelo general Augusto Pinochet, que se proclamou presidente, marcando uma mudança significativa na história do Chile. Pinochet viria a ser apontado na História como o responsável por uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina, encerrada apenas em 1990, com mais de três mil mortos ou desaparecidos, além de milhares de prisioneiros torturados e 200 mil forçados ao exílio.