Data comemorada neste domingo, 28 de abril, reforça o compromisso da Universidade com o acesso à educação

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Etienne Henrique Brasão Martins tem 25 anos, 20 deles dedicados à Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutorando e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) e formado em Pedagogia, o estudante entrou na UEM antes mesmo de começar a graduação: cursou parte da educação infantil, além de ensinos fundamental e médio completos no Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP/UEM), braço da instituição que atua no ensino básico.

Hoje, o jovem é professor da rede estadual de ensino e atua na formação de novos docentes. Neste 28 de abril, Dia Mundial da Educação, a trajetória de Martins - e de tantos outros estudantes - exemplifica o compromisso da UEM com a educação nos mais diferentes níveis. “Hoje, eu tenho mais tempo de UEM do que muitos professores meus. Eu tenho amor por essa Universidade”, declarou o pedagogo.

Do CAP ao doutorado em Educação, Etienne Martins estuda na UEM desde a infância, há mais de 20 anos

 

Ensino integrado

Etienne se orgulha de ter aproveitado, ao máximo, as oportunidades que recebeu do CAP e da UEM. Ainda durante o ensino médio, o jovem ingressou no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).

Na graduação, participou também de outros projetos de extensão, pesquisa e iniciação científica. “O que eu sempre gostei do CAP foi essa possibilidade de fazer projetos e desse vínculo com a Universidade. Na graduação também, sempre fiz questão de participar. Se tem atividade fora, eu vou. Tudo o que puder fazer eu faço, e tudo o que eu puder levar da UEM, eu levo”, resumiu.

Maria Clara Sampaio Rodrigues, de 25 anos, tem uma história parecida. A jovem entrou no CAP em 2015, para cursar a terceira série do ensino médio. Em 2018, ingressou na licenciatura em Matemática da UEM pelo processo de vagas remanescentes, e não saiu mais da Universidade. Completou a graduação em 2022 e, atualmente, é mestranda pelo PPE.

“Desde a primeira série do ensino médio, eu queria estudar no CAP, e na terceira série, eu consegui a vaga. Foi uma experiência muito boa, porque o colégio é muito bom. Por exemplo, temos acesso fácil ao Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), os departamentos sempre oferecem palestras e estagiários. E a continuidade na UEM é facilitada nesse sentido”, enfatizou.

O ciclo ficou completo quando, em 2023, Maria Clara foi aprovada em um teste seletivo do governo estadual para atuar como docente. Hoje, no mesmo CAP onde estudou, dá aulas de itinerários formativos na área de matemática e ciências da natureza para 2ª e 3ª séries do ensino médio. O antigo local de estudo virou, hoje, ambiente de trabalho.

“A Universidade só me deu oportunidades, e eu fui aproveitando todas elas. Depois de formada, voltei como professora do CAP e hoje sou colega dos meus antigos professores. A UEM foi fundamental na minha vida, tanto no processo de escolaridade, como na parte social. A UEM tem uma grande parte no meu crescimento como pessoa”, comentou.


 Ex-aluna do Colégio de Aplicação da UEM, Maria Clara Rodrigues se graduou em Matemática na Universidade e voltou à escola como professora

 

Administrado em conjunto com o Núcleo Regional de Educação, o CAP conta com o apoio de servidores, projetos, infraestrutura e espaço físico da UEM. Hoje, o Colégio tem 1.067 estudantes do ensino regular, entre o 1ª ano do ensino fundamental e a 3ª série do ensino médio. Considerando outros projetos e turmas especiais, o número chega a quase 1.500 alunos, acompanhados por cerca de 120 professores.

Segundo a diretora geral, Alessandra Martinho de Oliveira, o CAP é o colégio que mais aprova estudantes no vestibular da UEM, entre todas as escolas públicas de Maringá. “Fazemos um trabalho voltado para o Processo de Avaliação Seriada (PAS). O CAP foi criado para ser campo de estágios dos estudantes da UEM, um laboratório de práticas e experiências inovadoras. Isso incentiva nosso aluno a ir para a Universidade, e é um diferencial em relação às outras escolas”, afirmou.

Para o pró-reitor de Ensino (PEN) da UEM, Marcos Vinicius Francisco, o diálogo entre colégio e universidade é fundamental para o ingresso e a permanência dos estudantes. “A UEM abarca diferentes níveis educacionais. Nós, enquanto gestão, tentamos intensificar esse contato com as escolas, para reforçar a importância da entrada na universidade. E ainda queremos intensificar ações para assegurar a permanência de estudantes dos mais variados níveis sociais e econômicos. Penso que esse é o nosso grande desafio”, destacou.

Do CMEI à Unati

Para além do CAP e dos cursos de graduação e pós-graduação, a UEM oferece educação gratuita e de qualidade para todas as faixas etárias. O Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Integrado, por exemplo, é administrado pela Prefeitura Municipal de Maringá (PMM) em parceria com a UEM. Localizado no câmpus sede, o CMEI recebe alunos de 0 a 5 anos de idade.

Outros exemplos são as parcerias entre UEM e Seed para a manutenção dos colégios agrícolas de Umuarama e Diamante do Norte, por meio do Câmpus Regional de Umuarama (CAU) e do Câmpus Regional do Noroeste (CRN), respectivamente. A extensão da Universidade oferece suporte às aulas práticas e didáticas desenvolvidas para os estudantes de ensino médio técnico profissionalizante.

Além disso, no câmpus sede, a Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) promove ações de formação continuada para pessoas com mais de 60 anos, com o propósito de estimular a saúde mental e corporal dos estudantes.

Formação de professores

Com programas de graduação e pós-graduação nas mais diferentes áreas, a UEM também atua na formação de novos professores. Segundo a PEN, todos os câmpus da instituição ofertam cursos de licenciatura, na modalidade presencial ou a distância.

Outra importante ação para a formação docente é o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), desenvolvido em parceria entre Seed, Secretaria de Ciência e Tecnologia (Seti) e Instituições de Ensino Superior (IES) do Paraná.

Iniciado em 2007, o programa tem na UEM um de seus núcleos mais atuantes para a formação continuada de professores da educação básica. Em uma primeira versão, o PDE/UEM atendeu a mais de 1.800 professores da rede pública de diferentes públicos, com o apoio de 218 docentes, de 28 departamentos diferentes da Universidade.

Desde junho de 2023, em convênio com a Universidade Virtual do Paraná (UVPR), o PDE atua na modalidade de educação a distância, com oferta do curso de Gestão de Ambientes de Aprendizagem. Hoje, o núcleo UEM do PDE atende a quase 250 professores da rede básica de diversos municípios da região. Participam, como mentores, 15 docentes da Universidade, com o apoio de uma equipe pedagógica, dois bolsistas e um profissional de informática.

A coordenação geral do PDE/UEM fica a cargo da professora Rosângela Aparecida Alves, em conjunto com o coordenador de apoio pedagógico Weslei Roberto de Candido.

Segundo Alves, o diálogo entre as universidades e a rede básica de ensino é enriquecedor para ambas as partes. “A formação continuada dos professores PDE demonstra o papel fundamental que a UEM desempenha na formação e no desenvolvimento da educação no Estado. Por hoje ser na modalidade a distância, o programa contribui imensamente com a interiorização e a democratização do acesso ao ensino superior”, explicou a coordenadora. “Assim, garantimos o direito à educação a todos”, completou.

Também no âmbito da capacitação para professores, a PEN organiza, entre os dias 8 e 10 de maio, o Encontro de Formação Continuada para Docentes da UEM (Efuem). O evento gratuito ocorre nos blocos B-33 e C-34 do câmpus sede, com transmissão para os câmpus regionais. A programação completa e o link para inscrições podem ser consultados no site do evento.

Dia Mundial da Educação

O Dia Mundial da Educação foi instituído em 2000, por líderes de 164 países - incluindo o Brasil -, que participaram do Fórum Mundial de Educação em Dakar, no Senegal. Celebrado há 24 anos, o dia 28 de abril foi escolhido por ser a data de encerramento do fórum.

Além de criar a data comemorativa, o encontro realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) também estabeleceu metas para o acesso à educação mundial até 2030. Os objetivos incluem a garantia de uma educação igualitária e de qualidade para pessoas de todos os países e classes sociais.