2023 09 20 Celebração Setembro Amarelo Ambulatório 122 1783 site

Suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade

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O coordenador do Ambulatório Médico, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e do projeto de residência em psiquiatria, Sérgio Ricardo Silva, realizou hoje (20), nas dependências do ambulatório, uma celebração referente ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, com o tema: "A vida pede passagem". O evento contou com a presença da vice-reitora Gisele Mendes e da superintendente do Hospital Universitário de Maringá (HUM), Cremilde Aparecida Trindade Radovanovic.   

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. Conforme a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios sub-notificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.   

A vice-reitora, Gisele Mendes, agradeceu o trabalho do pessoal do ambulatório e afirmou que, “as taxas, os índices de suicídios, muitas vezes são modificadas. Fica parecendo com um acidente ou uma coisa assim, para não incentivar. Mas eu creio que é o contrário, que a cultura tem que mudar. A gente tem que, sim, falar para prevenir, para poder saber que tem uma solução. Porque quando a gente esconde, o que acontece faz a pessoa se sentir envergonhada e não vai buscar ajuda. E aí as crises vão só crescendo e os números vão só aumentando. É diferente do sistema judicial. Aqui é um sistema de acolhimento, é um sistema médico, é um sistema de saúde, é um sistema de enfermagem. É um sistema que busca dar, sim, visibilidade para conversar, sobretudo, para poder ouvir as pessoas nas suas dores, conseguir aconselhá-la para evitar. Porque o nosso principal objetivo é evitar que o suicídio aconteça. Uma vez que ele aconteça, como eu disse, perdeu o bem maior que é a vida e não tem mais volta”.  

Segundo a superintendente do HUM, “o tema é grande, a importância é grande e relevante. Acho que o suicídio está no meio de todos nós, seja enquanto profissionais ou pessoas, e o Setembro Amarelo veio para isso, para a gente dar voz, é um mês que a gente trabalha com isso, mas precisamos trabalhar isso todos os dias. Eu acho que é um assunto que a gente precisa debater todos os dias, que a gente precisa conversar, que a gente precisa realmente ouvir e encaminhar. É uma iniciativa ótima, falar com toda a população da universidade e mostrar que ela está aberta para isso”.  

Para Silva, o evento serve de alerta para a população, “quando apresentarem os primeiros sintomas de angústia, solidão, depressão, venham nos procurar no ambulatório, que conta com Residência em Psiquiatria, porque sempre teremos alguém que possa ajudar. Estamos aqui à disposição de todos, sempre para ouvi-los e achar um caminho que seja o melhor possível”.