Projeto busca ampliar número de mulheres que fazem exames para identificar o câncer de colo de útero
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) está coordenando um projeto nacional de autocoleta de HPV, vírus que causa o câncer de colo de útero. O projeto, chamado de “Autocoleta e teste de HPV em mulheres não rastreadas para o câncer cervical: estudo multicêntrico de viabilidade no Brasil”, conta com parceria de outras quatro universidades e instituições brasileiras.
A equipe é composta por mulheres, com a exceção de um bolsista. A meta é atingir as cinco regiões brasileiras, ampliando o número de mulheres que fazem exames para identificar o câncer de colo de útero.
A intenção é formar mulheres agentes comunitárias de saúde, que vão fazer uma busca daquelas que não procuram as unidades para realizar o exame preventivo. A coordenadora do projeto, a farmacêutica-bioquímica e professora da UEM Márcia Consolaro, explica a ideia de ter estratégias focalizadas na mulher que não adere ao oferecido como modalidade nacional, o Papanicolau.
Também coordena o projeto a farmacêutica e professora da UEM, Vânia Sela da Silva, com os bolsistas do projeto, Gabriela Prado, Cristiane Suemi Shinobu Mesquita, Maria Vitória de Souza e Edilson Damke.
A pesquisa da UEM é mais um exemplo da série "Paraná, o Brasil que Dá Certo", produzida pela Agência Estadual de Notícias, por meio de uma série de reportagens, nas quais são apresentadas iniciativas da administração pública estadual.
Além da UEM, integram ao projeto as universidades federais de Ouro Preto (UFOP), no Sudeste; do Rio Grande do Norte (UFRN), no Nordeste; de Goiás (UFG), no Centro-Oeste; e a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (Cecon), no Norte.
O projeto aguarda apenas a liberação de recursos do Ministério da Saúde para iniciar o trabalho com mulheres de Maringá (PR), Ouro Preto (MG), Natal (RN), Goiânia (GO) e Manaus (AM), dentro da área de atuação das instituições.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é um dos mais frequentes no Brasil e estão previstos 17 mil novos registros para este ano (2023), principalmente pelo contato com o vírus do papiloma humano (HPV). Além disso, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a terceira causa de morte de mulheres por câncer.