Programa desta sexta-feira (24) recebe três especialista que trabalham em setores de combate à doença
O verão é considerado um dos períodos mais críticos e propícios para a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. O calor, a chuva, a água acumulada e a falta de cuidado são os ingredientes perfeitos para a formação de criadouros. Embora equipes de epidemiologia trabalhem em várias frentes, a situação ainda é preocupante.
O programa Conexão UEM desta semana vai abordar os motivos de os números de casos ainda serem elevados. Os convidados do jornalista Marcelo Henrique Galdioli e da vice-reitora Gisele Mendes serão Dennis Armando Bertolini, professor do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina; Eniuce Menezes, do Departamento de Estatística; e Oséias da Silva Martinuci, do Departamento de Geografia. O trabalho realizado pelos três contribui para o mapeamento e as ações de combate à doença em Maringá.
Casos
O boletim divulgado nesta quarta-feira (22) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostrou que, de 31 de julho de 2022 até 14 de fevereiro de 2023, o Paraná atingiu 4.110 casos de dengue, uma diferença de 472 novos casos em relação ao período anterior. Desses casos, 272 foram confirmados em Maringá, 13 a mais que no último calendário epidemiológico. O número de mortes por dengue no estado se manteve em cinco.
De acordo com o 1º Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira) de 2023, realizado pela Secretaria de Saúde de Maringá entre os dias 9 e 13 de janeiro, o índice de infestação predial na cidade é de 2,4%, considerado risco médio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera baixo risco de infestação índices menores que 1%, de 1% a 3,9% é classificado como risco médio e acima de 4% alto risco. Em Maringá, desde 2017, o índice mais baixo registrado foi 2,2%, em 2021, e o mais alto foi 5%, em 2020.
Dengue
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que também é portador do vírus causador da chikungunya e do Zika. Os principais sintomas são febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Nos casos mais graves, podem ocorrer hemorragias e levar até a morte.
O tratamento geralmente inclui repouso, ingestão de líquidos e analgésicos, e, quando necessário, cuidados hospitalares. Atualmente, não existe vacina. Os meios de prevenção, segundo o Ministério da Saúde, são proteger o corpo usando calça e camisa de manga longa, usar repelente, mosquiteiros e telas, além de eliminar qualquer possibilidade de criadouro do mosquito.
Serviço: O "Conexão UEM" é transmitido ao vivo todas às sextas-feiras, às 9h, pelo canal da UEM TV no YouTube e pela rádio UEM FM.
