PET Zootecnia celebra 25 anos com roda de conversa virtual

O Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está completando 25 anos. Para comemorar a data, amanhã (8), às 19h, será promovida uma Roda de Conversa, de forma remota, com a presença dos ex-tutores do Programa, para falar sobre a história do PET e de PETianos egressos, que discorrerão a respeito da experiência deles, testemunhando a trajetória de resistência do grupo.

Criado em setembro de 1996, o Programa de Educação Tutorial de Zootecnia da UEM teve como primeiro tutor o professor Ulysses Cecato, que permaneceu por 10 anos. Posteriormente, o professor Carlos Eduardo Furtado assumiu a função na qual permaneceu por três anos e, em novembro de 2009, o grupo passou a ter a tutoria do professor Ferenc Istvan Bánkuti até o ano de 2015.

O professor Ricardo Souza Vasconcellos exerceu a tutoria na sequência. Atualmente, a função é desempenhada pelo professor Leandro Dalcin Castilha, do Departamento de Zootecnia (DZO).

Durante toda sua trajetória, os petianos buscaram o aprimoramento pessoal e uma formação acadêmica mais completa ao longo da graduação. O PET contribuiu de forma a estimular a formação de profissionais de qualificação científica, tecnológica, acadêmica e pessoal, além de formular novas estratégias de desenvolvimento do ensino na universidade.

Outra colaboração oferecida pelo grupo foi o estímulo ao trabalho em equipe e o espírito crítico, bem como a atuação profissional pautada pela ética, cidadania e função social da educação superior.

Contribuição para a formação

Programas como estes contribuem para a ampla formação de alunos da instituição, hoje com 15 grupos PET atuantes em seis dos sete Centros de Ensino da UEM. Com um contingente de 180 alunos bolsistas e cerca de 70 alunos voluntários, além de 15 docentes tutores, os grupos PET desenvolveram, com apoio e acompanhamento da Pró-Reitoria de Ensino (PEN), 289 projetos somente durante o ano letivo de 2020.

O programa tem como componente central a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para uma formação integral, o que propicia aos alunos uma compreensão ampla e aprofundada de sua área de formação.

Segundo a assessora especial da Pró-Reitoria de Ensino, professora Jani Alves da Silva Moreira, os resultados dos trabalhos desenvolvidos pelos grupos PET demonstram que o acadêmico que participa das atividades permanece envolvido no seu curso de graduação de uma forma dinâmica e ativa.

Conforme ela, além de contribuírem para ações em conjunto que visam o envolvimento de outros acadêmicos no curso, os PETianos atuam de forma proativa em busca de uma formação cada vez mais completa na carreira deles.

Para isso, os grupos PET da UEM demandam diversas atividades de extensão voltadas para as necessidades da universidade, como as semanas acadêmicas, eventos de extensão virtual, palestras, grupos de discussão, cursos e minicursos on-line, jornal das ações dos grupos, publicações conjuntas, reuniões semanais, recepção de calouros, reuniões mensais da União dos Programas de Educação Tutorial da UEM (Unipet), ciclos de estudos, elaboração de trabalhos científicos, cursos de elaboração para a escrita acadêmica, elaboração de pré-projetos de pesquisa, entre outras, sempre buscando o aprimoramento dos cursos de graduação.

Uma destas atividades voltada para a comunidade externa é o projeto de extensão no Centro de Visitantes da Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI), desenvolvido pelos grupos PET Agronomia e Zootecnia, em parceria com o PET Pedagogia. Como a visitação à fazenda foi restringida na pandemia, os alunos adequaram as visitações de forma virtual: fizeram gravações nos setores de produção animal, dando origem a um Tour Virtual.

De acordo com o professor Leandro Dalcin Castilha, tutor do PET Zootecnia, antes era feito o tour presencial, mas devido à pandemia houve a necessidade da adaptação. O material do projeto extensionista foi divulgado no Núcleo Regional de Educação de Maringá, com foco nos estudantes dos ensinos fundamental e médio das escolas da região e está disponível na página do Programa no YouTube para qualquer pessoa interessada.

Sobre a história do PET

O então Programa Especial de Treinamento (PET) no Brasil tem sua história que remonta ao governo militar. Foi criado em 1979, no governo de João Batista Figueiredo, com o objetivo de estimular as atividades de pesquisa, ensino e extensão universitárias, no nível de graduação.

É subordinado à Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC). Surgido com o nome de Programa Especial de Treinamento, esteve submetido, até 1999, à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), passando depois para o Ministério da Educação. Entre 1995 e 2003, quando o MEC esteve ocupado por Paulo Renato Souza, o governo tentou por diversas vezes extinguir o programa, sob alegações de que era oneroso aos cofres públicos, mas esbarrou em forte oposição da comunidade acadêmica. Em 2004, na gestão de Tarso Genro no ministério, o nome foi alterado para Programa de Educação Tutorial.

Os objetivos do programa são promover a melhoria do ensino de graduação, a formação acadêmica do aluno, a interdisciplinaridade, bem como o planejamento e execução de atividades acadêmicas diversificadas em grupos de tutoria.

O PET oferece bolsas (valor atual de R$ 400, equivalente à política nacional de bolsas de iniciação científica a graduandos) a grupos de até 12 estudantes de graduação selecionados em qualquer curso universitário autorizado. Para abrir um grupo PET, é necessário que a universidade encaminhe um pedido ao MEC se algum edital estiver vigente. Os grupos se reúnem regularmente sob a orientação de um professor responsável, denominado tutor, que deve coordenar as atividades.

Os bolsistas, denominados "PETianos", são conduzidos a desenvolver projetos e trabalhos em pesquisas, ensino e extensão. Por isso, o PET funciona também como um programa de preparação para a carreira acadêmica.

25 anos Pet Zootecnia