Propostas partiram da mobilização da UEM e da cadeia têxtil de Goioerê envolvendo parcerias público-privadas
O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Julio Damasceno, o diretor do Câmpus Regional de Goioerê (CRG), Gilson Croscrato, professores dos departamentos, lideranças políticas e empresários da área têxtil da cidade reuniram-se na manhã de segunda-feira (20) para discutir ações para o fortalecimento do curso de Engenharia Têxtil do CRG.
A reunião é fruto de um estudo desenvolvido por um comitê envolvendo a Diretoria de Ensino de Graduação (DEG), a Pró-Reitoria de Ensino (PEN), o Núcleo Docente Estruturante (NDE), e o Núcleo de Educação de Goioerê, que identificaram os problemas enfrentados e propuseram soluções.
Este grupo de estudos mobilizou a cadeia têxtil do município com ações em conjunto de parcerias público-privadas. “Uma das principais ações de fortalecimento do curso é a integração destes universitários no primeiro ano de curso dentro das empresas, por meio de um estágio remunerado”, explica Gilson Croscrato. Além desta ação, as empresas, por meio dos alunos estagiários, poderão utilizar os laboratórios da Universidade para desenvolvimento de pesquisas.
Mauro de Oliveira, empresário da área têxtil, defende a formação técnica por meio de escolas técnicas como atratividade ao ensino superior. “As fábricas demandam pessoas com formação técnica e na região há uma grande deficiência desse tipo de mão de obra. Uma das propostas é oferecer essa formação para que o técnico, já atuando na fábrica, receba uma bolsa de estudos para cursar a Engenharia Têxtil”, justifica.
Para Damasceno a integração da UEM com a sociedade trará benefícios a todos os envolvidos
Dentre as propostas está a recente adesão da UEM ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu); alteração de turno de integral para noturno (2022); implementação de 20% da carga horária total do curso na modalidade semipresencial; manutenção e expansão do Programa de Integração Estudantil (Prointe), com o desenvolvimento de preceptorias para as disciplinas que mais reprovam alunos; criação de mídias sociais para divulgação dos cursos e dos egressos; promoção de eventos técnico-científicos em parceria com a iniciativa privada para divulgação do curso (simpósios/congressos/semanas acadêmicas); acompanhamento dos egressos para avaliar a inserção no mercado de trabalho; ampliação e fortalecimento da divulgação do curso nas escolas da região para aumentar a captação de alunos no câmpus na cidade de Goioerê; e abertura do projeto de extensão para a divulgação do curso.
Além das propostas mencionadas anteriormente, algumas alterações recentes no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foram aprovadas pelo Núcleo Docente Estudante (NDE) do curso de Engenharia Têxtil e que serão implementadas: mudanças no currículo de acordo com o previsto nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de engenharia (redução de carga horária do núcleo básico e aumento da carga horária do núcleo específico); oferta de vagas no Programa de Educação Tutorial (PET) a partir do primeiro ano do curso (bolsa de aproximadamente 400 reais); último ano do curso – modalidade semipresencial (favorecendo estágio); e alteração do regulamento de estágio (estágio a partir do primeiro ano do curso).
Para Damasceno, essas ações causarão impacto no desenvolvimento da cidade com a implantação de cursos de qualificação, além da atratividade de alunos para os cursos do Câmpus.
No período da tarde, o reitor participou de reunião de trabalho com chefes de departamentos e coordenadores de curso para tratar das demandas do CRG para o início do ano letivo, em 9 de agosto.