Educação social e direitos humanos de crianças e adolescentes são temas do evento
O Programa Multidisciplinar de Estudo, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente, da Universidade Estadual de Maringá (PCA/UEM), iniciou o “Ciclo de Debates: Educação, Educação Social e Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes”, nesta terça-feira (13).
A reunião contou com a presença das professoras e educadoras sociais Patrícia Cruzelino e Ana Paula Vila Labigalini, da UEM, e de Vânia Muller, do Departamento de Música, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Com direito a apresentações lúdico-musicais na abertura, do músico Jeff, da Udesc, e do Grupo Meu Clown, de Maringá, o debate discorreu sobre a pluralidade do entendimento sobre o que é infância, “a partir de um contexto hegemônico, que compreende as crianças e adolescentes como sujeitos culturais geracionais, sujeitos de direitos humanos em uma condição de desenvolvimento peculiar, com todas suas possíveis identidades, sua diversidade, sob o ponto de vista da educação social”, detalhou Patrícia Cruzelino (foto abaixo).
Experiências – A fonoaudióloga Ana Paula Vila Labigalini compartilhou a experiência do trabalho com crianças e adolescentes em terapia com cavalos (equinoterapia). Segundo ela, “a proposta do projeto foi trazer uma educação social e libertadora, trabalhando a autoimagem, o respeito e a segurança dos jovens atendidos, que puderam experienciar períodos de descoberta pessoal”.
Já Vânia Muller (foto abaixo) abordou as questões de gênero na infância e na adolescência. A professora contou sobre a sua vivência nos projetos de música que desenvolveu no mestrado, nos quais trabalhou com crianças e adolescentes em situação de rua. Vânia explicou que, naquela época, o campo de pesquisa ainda não era tão aberto para abordagem e discussão acerca dos estudos de gênero, diferente de hoje, quando o tema está bem consolidado no Brasil. Mas, desde aquele momento, já se notava que “há uma imposição de papéis de gênero na relação entre crianças e música. Há instrumentos que são tidos como de meninos e outros como de meninas. Isso acaba determinando as experiências que os jovens têm com a música, o que ‘podem’ ou não praticar”.
O debate on-line contou com mais de cinquenta participantes no primeiro dia do Ciclo. A próxima discussão está marcada para o dia 18 de maio, com a temática “Educação Social e Crianças e Adolescentes em Situação de Rua”. O Ciclo termina no dia 15 de junho com o debate sobre “Formação do/a Educador/a Social”.
Texto produzido em colaboração com o estagiário do PCA/PEC, Rafael Assunção, aluno do curso de Comunicação e Multimeios da UEM.
