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Com atividades não obrigatórias, estudantes seguem com aprendizado teórico e prático de línguas estrangeiras

Para aprender um idioma novo e evoluir na fluência é fundamental ficar em contato constante com ele. Por isso, após proposta da coordenação pedagógica, docentes do Instituto de Línguas (ILG) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) continuam interagindo com seus alunos, de forma remota e não obrigatória, a fim de que o aprendizado não pare.

Como o ano letivo não chegou a começar em 2020, os estudantes estão revisando os conteúdos que viram no ano passado, conforme explica Milena Alonso, professora de inglês no ILG. “É possível que em casa ouçam músicas, assistam a séries ou filmes, mas não conseguimos garantir que isso aconteça, além de não ser uma aprendizagem formal da língua. Há uma necessidade de se formalizar o aprendizado, por exemplo com gramática e vocabulário, e termos esse contato mais próximo com eles”, declara a docente.

Sonia Frade Castro de Sousa Silva, professora de espanhol no ILG, percebe que os alunos têm se dedicado bastante. Ela fala com eles via WhatsApp, Google Meet e por meio de atividades postadas no site do ILG, voltadas principalmente às compreensões e expressões auditiva e escrita. “Tem sido uma experiência diferente e bem legal. Conversamos sobre filmes, o que mudou na rotina de cada um por causa da pandemia”, exemplifica.

Aluno de espanhol no ILG há aproximadamente três anos, Ulisses Zonta de Melo, 30, químico no Departamento de Zootecnia da UEM, aprova as atividades on-line. “Normalmente, não tenho muito contato extraclasse com o espanhol. Se tivesse ficado um semestre inteiro ou mais sem aulas seria difícil ao voltar. Essa iniciativa ajuda bastante a manter uma rotina de estudos de forma bastante tranquila”.

Mateus Zorzenon de Piza, 18, concorda com Melo que a modalidade remota está suprindo uma lacuna deixada pelo distanciamento social. Há quatro anos cursando inglês no ILG, o estudante de Física na UEM está adorando a possibilidade de aprofundar-se nas conversações. “Sempre tive muita dificuldade com o inglês no geral, mas na conversação especificamente. Então, é maravilhosa a ideia de ter encontros em inglês, espero que nos ajude muito lá na frente”, elogia Piza.

 

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Professora e alunos de espanhol conversam sobre qual é a melhor tradução para máscaras de proteção individual

 

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Turma de inglês fala sobre queda de energia elétrica após passagem de ciclone bomba pelo Sul do país

 

A professora de italiano no ILG, Lilian Fittipaldi Gardin Berdu, vê uma adesão boa de seus estudantes. “Eu mantenho contato com encontros virtuais, fazemos conversação e outras atividades. Quando necessário, compartilho minha tela com orientações”. Ainda de acordo com a docente, cada vez mais as tecnologias de informação e comunicação precisam ser incorporadas nas relações de ensino-aprendizagem.

Uma das alunas de Berdu que seguem no ritmo é Daniella Grossi de Paula, 32, especialista em Marketing e que há dois anos faz italiano no ILG. “Conversamos em italiano, contamos sobre algo interessante, respondemos atividades, tiramos dúvidas, indicamos conteúdos e nos mantemos em contato”. Para Grossi, o ensino remoto ajuda “a criar um vínculo ainda mais forte entre os colegas nesse período de isolamento”.

 

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Em encontro virtual em italiano, estudante descreve comportamento de sua mãe; veja no vídeo abaixo