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A pró-reitora de Extensão e Cultura, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Débora de Mello Gonçales Sant’Ana, participou de uma live com a temática Mindset e Neurociências, transmitida no canal do YouTube da psicóloga Gislene Isquierdo. Segundo a professora, a neurociência estuda o funcionamento cérebro, enquanto o mindset é definido como: mentalidade ou forma de pensar.

Na abertura do bate papo, Gislene disse que, ultimamente, há muitos mitos e discussões, especialmente, sobre o mindset. A pró-reitora acrescentou que o assunto tem sido tratado de forma superficial, apesar de ser baseado em pesquisa científica, desenvolvida em universidades americanas na área de psicologia social, “utilizado um dos conceitos mais preciosos e esperançosos da neurociência, que é a plasticidade cerebral, definida como a capacidade que o cérebro tem de ser moldado e estruturado ao longo da vida”. A professora explica que todas as pessoas possuem essa capacidade enquanto estão vivas, mas há fases que esse desenvolvimento está mais potente, como na infância e adolescência. 

live fotoTemos a tendência de elaborar pensamentos ou reagir a estímulos de formas específicas, que seriam os chamados mindsets. Existem vários tipos de mentalidade, mas é comum que sejam divididos em dois grupos principais. “O primeiro é mindset fixo, que, “explicando brevemente, é a mentalidade que o indivíduo desenvolve de que ele é de um determinado jeito e não pode mudar. Já o segundo é o mindset de crescimento, em que a pessoa percebe que está em um processo de mudanças e se abre para isso, sabendo que suas habilidades podem ser melhoradas através de estratégias e ferramentas, essa mentalidade também permite aprender com os próprios erros”, explica Débora Sant’ Ana. 

Segundo a professora, todas as pessoas nascem com amplo potencial, mas, é necessário o aperfeiçoamento dessas capacidades ao longo da vida. Nesse aspecto, a pró-reitora fala sobre o poder do “ainda”, em que a pessoa pode não ter desenvolvido certa habilidade, ainda, mas que ela pode adquirir e desenvolver.

Por fim, a pró-reitora desmentiu alguns mitos sobre a forma de pensar. Primeiramente, ela afirmou que as mentalidades não são genéticas, ou seja, mesmo que toda a família de alguém não seja boa em determinada área, não significa que o sujeito também será ruim naquele aspecto. Isso vai depender do desenvolvimento e aprendizado de cada um e não das suas condições genéticas. Em segundo lugar, é preciso crer que o mindset não é fixo. Independente de como o cérebro foi programado ao longo da vida, em algum momento ainda é possível mudar.

“Para se livrar da mentalidade fixa, o primeiro passo é perceber quais comportamentos e áreas podem ser melhorados, e a partir disso estudar, com boas fontes, criar estratégias e colocar em prática. Enfim, devemos estar sempre aberto para o avanço”, concluiu Débora Sant’ Ana.

Para conferir a live na íntegra, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=l8MR8XB62B8.

Texto de Milena Massako Ito – Estagiária de Comunicação e Multimeios