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Em 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a data 5 de maio como marco para conscientização. Maria Cristina Bronharo Tognim escreve sobre a importância desse dia, contextualizando com o atual cenário que vivemos

Lavar as mãos é uma das principais formas de prevenção a infecções e evitar o novo coronavírus e, em tempos de pandemia, reforçar o cuidado com a higiene nunca foi tão necessário.

Desde os primórdios, a higiene das mãos tem sido eficaz na preservação da vida. Um dos principais exemplos foi a experiência do médico Ignaz Semmelweis (1818-1865) que diante de uma terrível epidemia de febre puerperal, que levava à morte uma grande proporção das parturientes, no serviço de maternidade do Hospital Geral de Viena, propõe um método eficaz e simples de prevenção a “higiene das mãos”.

O médico Semmelweis poderia se comparar a, no mínimo, dois grupos de profissionais tão importantes nos dias atuais: 1) Semmelweis - um dos nossos profissionais de saúde que, intrigados em resolver os problemas dos pacientes em tempos de pandemia, “dão o sangue” para salvar vidas e por isso higienizam as mãos, muitas vezes, mesmo sem tempo, sem condições adequadas (pias, água + sabão ou agentes antissépticos) mas higienizam suas mãos pois sabem que podem salvar vidas. E que ao chegar em seus lares (se é que podem ir pois, muitos se encontram isolados) novamente higienizam suas mãos de modo ainda mais carinhoso para proteger os seus);

2) O médico Semmelweis poderia ser comparado a vários pesquisadores de nossas universidades públicas como a UEM. Pesquisadores que se debruçam em considerar e rejeitar uma série de hipóteses para então propor uma solução efetiva (Semmelweis que viveu em uma época onde ainda não haviam sido descobertas as bactérias e muito menos os vírus, partículas ainda menores) somente conseguiu entender a importância da higiene das mãos na epidemia de febre puerperal depois de um acidente com um colega que se feriu com um bisturi ao realizar uma autópsia, e veio a morrer com característica clínicas semelhante à das vítimas da febre puerperal.

Temos o exemplo de professores pesquisadores como o Prof. Dr. Celso L. Cardoso, recentemente aposentado pela na UEM – meu mestre – que sempre lutou com os mais variados grupos de trabalho do Brasil, deixando sua identidade no Manual de higiene das mãos -Ministério da saúde/ANVISA para que houvesse maior adesão por parte dos profissionais a esta prática simples e eficaz – a higiene das mãos.

E hoje 5 de maio, dia da conscientização da importância da higiene das mãos (OMS-2009), em plena pandemia, o que esperar? Não existe maior campanha do que a realidade atual. Esperamos imensamente que agora, com a crianças envolvidas neste processo, possamos ter adultos mais comprometidos com este simples e tão importante ato que sim! Pode sim salvar muitas vidas! Isso é vida. Isso é dia a dia. Isso é ciência, e porque não consciência?

             Prof Dra Maria Cristina Bronharo Tognim