LabJane05 2O professor Koenraad Roger Liliane Marc Martens ficará na UEM até o dia 22. Na foto, ao lado da bióloga Janet Higuti, ele concede entrevista 

Professor convidado da Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), Koenraad Roger Liliane Marc Martens chegou em Maringá na última quarta-feira (5) para discutir e orientar projetos de graduandos e pós-graduandos da UEM. Martens é doutor em ecologia, pesquisador da Royal Belgian Institute of Natural Sciences (RBINS, Bélgica) e editor chefe das revistas internacionais Hydrobiologia e European Journal of Taxonomy. Suas áreas de pesquisa são taxonomia de Ostracoda (Crustácea), biodiversidade de ecossistemas aquáticos, filogenia e ecologia.

 O convênio com a universidade da Bélgica já está na segunda renovação como resultado da grande contribuição para a pesquisa científica na área da ecologia aquática proposta pelo intercâmbio de pesquisadores. O trabalho que Martens vem desenvolvendo ao lado dos pesquisadores do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) teve início em 2004, participando de diversos projetos como o Edital Universal, o SISBIOTA e Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD).

O pesquisador ressalta que o reconhecimento internacional do Nupélia para as pesquisas de ecologia aquática de água doce o incentivou a participar desse intercâmbio. E, ao longo dos anos, o seu aprendizado sobre planícies de inundação e o otimismo dos pesquisadores brasileiros fortaleceram o seu vínculo com a UEM. Atualmente, Martens desenvolve em conjunto com os professores e alunos do núcleo uma nova linha de pesquisa para identificar e descrever novos gêneros e novas espécies de Ostracoda para a Ciência.

 Para doutora Janet Higuti, bióloga do Nupélia UEM e colega de pesquisa de Martens há anos, o campo de pesquisa em que atuam ainda é escasso no Brasil. Logo, a troca de aprendizado entre os países tem sido de grande valia para a área. Higuti também participa do convênio como colaboradora científica na RBINS desde 2008, quando finalizou o primeiro pós-doutorado na instituição. Assim como Martens, a pesquisadora concorda que é visível os efeitos da internacionalização na prática do ensino e da pesquisa.

Há quinze anos o Nupélia UEM preza por consolidar sua rede de contato com pesquisadores de diferentes lugares do mundo, o que tem contribuído inclusive no processo de internacionalização da UEM, agregando um novo idioma às pesquisas e às práticas de docentes e discentes dos níveis de graduação e pós-graduação. Martens relembra que em sua primeira palestra no Nupélia, cada frase dita por ele era traduzida para o português. Hoje em dia, ele percebe que os alunos compreendem com facilidade o que é ensinado em inglês e não há mais necessidade de tradução.

 

*Com supervisão dos jornalistas da ASC.