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Marcelo Tragtenberg é diretor de Ações Afirmativas e defende cotas como forma de promoção da igualdade racial

Em discussão: a reestruturação do sistema de cotas na Universidade Estadual de Maringá (UEM). O grupo Professores Pró-Cotas Raciais na UEM pede a inclusão de cotas para negros (pretos e pardos) no vestibular. E de modo a levar informações a conselheiros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP), onde a causa tramita, organizou palestra do professor Marcelo Henrique Romano Tragtenberg, diretor de Ações Afirmativas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A proposta para implantação do sistema de cotas raciais na UEM foi apresentada ao CEP, pelo Coletivo Yalodê-Badá, em setembro do ano passado. Agora, o assunto voltou a ganhar destaque, já que esse grupo de docentes foi criado em agosto de 2019 para dar robustez à pauta. Quem também apoia a causa é o Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afrobrasileiros (Neiab) da universidade.

Tragtenberg palestrou na tarde de ontem (25) no auditório do Bloco C-34 do câmpus sede. De acordo com ele, as cotas para negros ajudam a promover a igualdade racial, o que “beneficiaria a sociedade como um todo”. E conforme dados apresentados, a desigualdade racial não está só na educação, mas abarca renda e até causas de morte, gravidez e homicídios. “A grande importância das cotas para negros nas universidades é que as pessoas tomem consciência do racismo estrutural brasileiro. Se você tem discriminação contra 54% da população, não há como mudar o país. Racismo é problema social e deve ter envolvimento de todos”.

 

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Reestruturação do sistema de cotas no vestibular está em pauta no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

 

O doutor aproveitou para explicar o que são ações afirmativas: políticas de prevenção ou neutralização da discriminação, com valorização da diversidade. Nelas estão inclusas as cotas. Para esclarecer dúvidas sobre isso, o Neiab preparou folheto informativo e Tragtenberg abriu espaço para perguntas, além de no fim da tarde ter feito roda de conversa em frente ao Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Até o momento, a UEM conta com cotas sociais no vestibular. De acordo com a Comissão Central do Vestibular Unificado (CVU) da UEM, “20% das vagas do processo seletivo são destinadas, em cada curso, turno e câmpus, aos candidatos optantes pelo Sistema de Cotas Sociais”. Para participar é preciso que o candidato tenha cursado toda a educação básica em escola pública e que a renda bruta mensal da família não ultrapasse 1,5 salário mínimo per capita, dentre outras exigências.

Faça parte – Docentes da UEM com intenção de integrar o grupo Professores Pró-Cotas Raciais na UEM podem manifestar esse interesse ao enviar e-mails para professoresprocotasuem@gmail.com ou marivaniaaraujo@yahoo.com.br e carlaalm@uol.com.br.

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