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Espetáculo será apresentado, hoje, às 20h30, pelo duo Dois Brasis, com entrada gratuita

A cantora Mari Tenório, secretária da Escola de Música (EMU), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e o violonista Rafael Marinho, bacharel em composição em Música pela UEM, integrantes do duo Dois Brasis, farão, nesta quinta-feira (29), às 20h30, no teatro Barracão, um tributo à Mercedes Sosa, dentro do projeto "Convite à Música", da Prefeitura Municipal.

O espetáculo "La Negra - Tributo a Mercedes Sosa", que vai reunir, além do Dois Brasis, alguns convidados, tem entrada franca, conforme o propósito do projeto "Convite à Música", organizado pela Secretaria de Cultura de Maringá, qual seja o de propiciar a formação de público por meio de eventos gratuitos. 

O Teatro Barracão fica na Praça Nadir Cancian s/nº, próximo à Unimed e à Copel. Outras informações sobre o show com a a própria Mari Tenório, na Escola de Música, telefone (44) 3011-4383 ou e-mail "sec-emu@uem.br"

Hino

Conforme biografia publicada pelo portal "UOL Educação", Haydée Mercedes Sosa nasceu numa família de trabalhadores e o primeiro contato com a fama ocorreu aos 15 anos, quando ganhou um concurso de talentos promovido pela rádio de sua cidade natal, a LV12, apresentando-se sob o pseudônimo de Gladys Osorio. Foi o início de uma carreira dedicada, principalmente, à música folclórica argentina e latino-americana.

Apelidada de "La Negra", devido à ascendência ameríndia, Mercedes Sosa também era chamada de "voz de uma maioria silenciosa" e "voz da América Latina". Sua versão da música Gracias a la vida, da chilena Violeta Parra, tornou-se um hino para os esquerdistas de todo o mundo, principalmente durante a ditadura militar argentina, quando Mercedes, depois de ser presa, exilou-se na Europa.

Conhecida pelo longo cabelo negro, além dos ponchos que utilizava nos espetáculos e por sua poderosa voz de contralto, Mercedes Sosa optou, desde cedo, por um repertório que somava lirismo e protesto político, tornando-se um dos principais expoentes do movimento "Nuevo cancioneiro", que pretendia redescobrir as raízes da música folclórica e, ao mesmo tempo, denunciar a desigualdade social e as injustiças da América Latina.

Apesar de filiada ao Partido Comunista, Mercedes nunca participou ativamente da vida partidária. "Eu nasci para cantar", ela dizia, "minha vida é dedicada a cantar, a encontrar canções e a cantá-las. Se eu me envolvesse na política, teria que negligenciar aquilo que é mais importante para mim, a canção folclórica".