Ricardo Antunes

Palestra de Ricardo Antunes (foto), da Unicamp, ocorrerá no 8º Seminário de Prática de Pesquisa em Psicologia

O sociólogo e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ricardo Antunes, vai proferir, na próxima sexta-feira (30), às 15 horas, no auditório do bloco I-12, câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a palestra de encerramento do 8º Seminário de Prática de Pesquisa em Psicologia da UEM.  

O título da palestra é “O trabalho digital em uma era de transformações: a corrosão da subjetividade”, cujo tema remete ao mais recente livro de Antunes - “O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital” (Boitempo, 2018). 

A palestra é gratuita. As vagas são limitadas ao número de assentos do auditório. Não será necessária a inscrição prévia e o acesso é permitido a qualquer pessoa interessada.

Organizado pela professora Carolina Laurenti, do Departamento de Psicologia (DPI), da UEM, o Seminário ocorrerá nos dias 29 e 30 de novembro, em que alunos e alunas do curso de Psicologia irão apresentar projetos e resultados de pesquisa desenvolvidos, respectivamente, nas disciplinas de Prática de Pesquisa em Psicologia I e II.

Graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, mestre em Ciência Política pela Unicamp e doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), Antunes leciona disciplinas como Sociologia do Trabalho e Sociologia de Karl Marx. 

Um dos maiores conhecedores

Considerado um dos maiores conhecedores da obra marxiana da América Latina, ele edita atualmente a coleção "Mundo do Trabalho" pela Boitempo Editorial.

Ministrou cursos de pós-graduação e graduação, além de conferências em várias universidades na Europa (Itália, Espanha, França, Inglaterra, Portugal, Suíça); América do Norte (Estados Unidos), América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela, Equador, Colômbia, Guatemala, Costa Rica, Cuba), e na Ásia (China e Índia). 

Coordena as Coleções Mundo do Trabalho (Boitempo) e Trabalho e Emancipação (Expressão Popular). Publicou artigos em revistas acadêmicas na França, Inglaterra, EUA, Itália, Portugal, Espanha, Suíça, Alemanha, Índia, China, Russia, Canadá, Argentina, Colômbia, Equador, Venezuela, Uruguai, entre outros. 

Antunes recebeu o Prêmio Zeferino Vaz, da Unicamp, em 2003, e a Medalha (Comenda) do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em 2013.

Tem outros diversos publicados, entre eles "Os Sentidos do Trabalho (2015)"; "Adeus ao Trabalho? ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho (2015)", "Os Sentidos do Trabalho. Ensaio Sobre a Afirmação e a Negação do Trabalho (2013)", "Continente do Labor (2012)", "A desertificação neoliberal no Brasil: Collor, FHC e Lula (2004)", "O Novo Sindicalismo no Brasil (1995)", "A Rebeldia do Trabalho (1992)", e "Classe Operária, Sindicatos e Partido No Brasil: da revolução de trinta até a Aliança Nacional Libertadora (1982)".

"Retrato detalhado"

 Privilegio da servidao O 1

De acordo com a sinopse divulgada pela Editora, no livro “O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital” (capa, foto acima) Antunes apresenta um retrato detalhado da classe trabalhadora hoje, em suas principais tendências. O estudo apresenta uma análise detalhada das mudanças trabalhistas que ocorreram na história recente do país, desde a redemocratização até o impeachment de Dilma Rousseff, e seu eixo está em compreender a explosão do novo proletariado de serviços, que se desenvolve com o trabalho digital, on-line e intermitente. 

Antunes demonstra como estão se manifestando essas tendências tanto nos países da Europa quanto no Brasil, apresentando elementos presentes na nova morfologia do trabalho. Os adoecimentos, padecimentos, precarizações, terceirizações, desregulamentações e assédios parecem tornar-se mais a regra do que a exceção. 

Um dos principais estudiosos da sociologia do trabalho no Brasil, Antunes combina a pesquisa sociológica concreta, rigorosa e empiricamente fundamentada com um compromisso social intransigente, a saber, a tomada de partido pelos explorados e oprimidos. “Se o mundo atual nos oferece como horizonte imediato o privilégio da servidão, seu combate e seu impedimento efetivos, então, só serão possíveis se a humanidade conseguir recuperar o desafio da emancipação”, afirma o autor. 

Outras informações sobre o Seminário de Prática de Pesquisa em Psicologia, que terá atividades em vários blocos, estão na página. O telefone para contato é (44) 3011-4291.

 

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