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A publicação científica está recebendo submissões para o primeiro número até dia 10 de agosto

Já está no ambiente online um produto de comunicação que surgiu dentro do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM). É uma revista de divulgação científica chamada Ágape. A história deste projeto começou na cabeça do professor Edson Arpini Miguel, assessor da Divisão de Ensino, Pesquisa e Extensão (Depe) e supervisor da enfermaria de pediatria do Hospital.

A revista científica tem grande importância no ambiente acadêmico, já que é um meio de promoção da ciência produzida pelos acadêmicos dos cursos da Saúde. Ganha mais peso quando é fonte de disseminação de conhecimento que emerge dentro de um hospital-escola, como o HUM.

Segundo o doutor Arpini, a Revista Ágape, assim como outras publicações de divulgação científica, tem o objetivo de promover os trabalhos desenvolvidos e, também, informar os cidadãos comuns através de entrevistas, reportagens e artigos sobre temas relativos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Cursos – Quando falamos na área da Saúde, no HUM, ligado à Universidade Estadual de Maringá (UEM), estamos nos referindo aos cursos de Medicina, Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Educação Física e a Psicologia – este da área de Ciências Humanas, mas que tem uma relação muito estreita com o desenvolvimento integral do sujeito, com sua saúde integral.

Edson Arpini destaca que um dos valores presentes na Ágape é a interprofissionalidade, o trabalho que é feito entre diferentes competências de forma colaborativa. “Quando um bebê está na UTI neonatal, ele tem assistência da Enfermagem, da Fonoaudiologia, da Fisioterapia, da Medicina e todo mundo lida com esse paciente num patamar de conhecimento bastante elevado. Com uma prática colaborativa um aprende com o outro, todos estão interagindo para resolver o problemas ou oferecer a melhor assistência”, disse o professor Edson (foto abaixo).

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A prática colaborativa na área da saúde, conceito reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ajuda a entender como a é possível modificar a educação tradicional (que é segmentada), para uma educação interprofissional e colaborativa.

Um exemplo de interprofissionalidade é a disciplina de Atenção em Saúde, que reúne todos os cursos citados acima, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), para atender aos pacientes. Os acadêmicos de diferentes cursos trabalham juntos na produção de um projeto de intervenção e o executam na própria UBS.

“É importante colocarmos o Hospital Universitário dentro da grande rede que constitui o SUS, já que esta possui um fluxo de funcionamento em que uma etapa depende da outra. O HUM não é o topo da pirâmide do SUS, funciona em conjunto com as outras partes, como as Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, a UPA, Clínicas Especializadas, Centros de Referência de Assistência Social, o Cras, entre outros. Logo, o trabalho realizado nestas unidades, que chamamos de atenção primária, reflete na atenção secundária e terciária, ambas relacionadas como o HUM. Por isso, nossos alunos precisam ter experiência, conviver nestes ambientes na sua formação. E a nossa disciplina possibilita que eles façam isso em conjunto com alunos de diferentes cursos, diferentes formações”, explica Miguel.

O professor ainda informou que esse trabalho interprofissional gerou, aproximadamente, 200 projetos de extensão, que já foram executados. “E são esses projetos com grande impacto pedagógico e para a comunidade que queremos publicar na Ágape,” comenta o doutor, que é editor científico da revista.

Publicações – A Revista Ágape possui dois vieses de publicação. O primeiro é técnico-científico, que vai administrar os trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores dos diversos cursos que transitam pelo HUM. Estes poderão ser publicados como artigos originais, revisões de literatura, séries e relatos de casos. O segundo viés é informativo, uma colaboração dos profissionais da saúde com a Coordenadoria de Comunicação do HUM, que vai produzir conteúdo destinado à comunidade externa ao Hospital, que não tem relação com a Academia.

“O trabalho com a comunicação é muito importante, porque é a equipe deste setor que pode nos ajudar na instrumentalização da revista em si. Eles é que pesquisaram a plataforma eletrônica, o desenho de página, esse aspecto mais da mídia... A gente não alcança essa parte técnica, de jeito nenhum. Aliás, nós, da saúde, temos uma dificuldade muito grande de fazer isso. Não adianta nada termos ideias maravilhosas, se não tiver gente para ajudar a executar”, explica o assessor da Depe, que chama a atenção para o apoio do técnico do setor de Informática do HUM, por meio de João Carlos Torquetti Rodrigues, e do estagiário de Letras, Bruno Silva, que atuaram de forma específica para dar vida à Ágape.

Segundo a editora da revista, Ana Paula Machado Velho, ela já está no ar (http://www.revistaagape.com.br/index.php/revistaagape). Para publicar, os autores não precisam, necessariamente, estarem ligados à UEM ou ao HUM. “Só é preciso ter em mente, que todos os textos mandados para publicação, serão analisados por profissionais qualificados e especialistas em suas áreas de Ensino e Pesquisa. Além disso, depois da veiculação da primeira edição, a revista entrará em processo de registro no ISSN”, completou a jornalista da coordenadoria de comunicação.