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Rede de proteção à criança e ao adolescente participou do evento que contou com três palestras

Física, psicológica, abuso e exploração sexual, trabalho infantil. Estas são algumas formas de violência que atingem crianças e adolescentes diariamente. Para discutir o tema, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) realizou, nesta manhã (9), no Auditório B-33 (PDE), câmpus sede, o “I Seminário Regional sobre Violências contra Crianças e Adolescentes: Abuso e Exploração Sexual e Trabalho infantojuvenil”.

Bernadete Barusso, chefe do escritório regional da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social em Maringá, participou do evento e afirmou que a exploração deixa marcas para a vida toda e que é necessário que cada instituição cumpra seu papel para que os casos diminuam.

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Três palestras foram proferidas por profissionais de diferentes áreas. No público estava presente a rede de trabalho que articula e efetiva as ações de prevenção e de atendimento às vitimas.

Robertson Fonseca de Azevedo, Promotor de Justiça do Estado do Paraná, apresentou a palestra “A Lei nº 13.431, de 04 de abril de 2017: Novidade legislativa no enfrentamento às violências”. Azevedo explicou que o objetivo da nova lei é regulamentar o relato da vítima. Os termos “escuta especializada” e “depoimento especial” pretendem minimizar os danos gerados pela ação de reviver os casos durante o atendimento.

Com base no tema de sua fala “Ação interprofissional no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência e exploração sexual”, a professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Vera Lúcia Tieko Suguihiro, destacou que o trabalho em rede é fundamental para o sucesso das ações. Segundo a pesquisadora, é necessário efetivar políticas públicas que assegurem que os usuários foram atendidos em suas demandas. “Ainda há muitas limitações no que se refere à prevenção. O que temos são ações destinadas a reparos e assistência do que já ocorreu”, ressaltou.

A terceira palestrante abordou o “Trabalho infantil e a importância da notificação”. Amanda de Paula Boni Navarro, que atua na Secretaria de Estado da Saúde (SESA) do Paraná e no Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (CEST), afirmou que o trabalho infantil é sim um tipo de violência, pois acarreta danos físicos e psicológicos. De acordo com Amanda, citando relatório do Ministério da Saúde, 8% da população entre 5 e 17 anos estava em situação de trabalho em 2015. Entre 2008 e 2015, mais de 20 mil acidentes de trabalho graves ou com mortes envolveu crianças e adolescentes. Ela enfatizou ainda que a notificação dos casos é importante para gerar dados que norteiam as políticas públicas adotadas.

Ao término das apresentações, o público participou das discussões e do debate por meio de questionamentos aos três palestrantes.

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