Expositoras de Recife participam do debate que integra evento de vivência de maracatu em Maringá
Para discutir o protagonismo das mulheres negras em diferentes espaços e os diversos repertórios de ativismos feministas, o Núcleo de Pesquisas em Participação Política (NUPPOL/UEM) e o grupo Baque Mulher de Maringá, com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PGC/UEM), promovem, na próxima sexta-feira (4), a mesa-redonda “O Feminismo e o Candomblé: o protagonismo de mulheres periféricas e o Maracatu como mediador das relações cotidianas”.
O evento, que é gratuito, será realizado no auditório do bloco H35 da UEM (Universidade Estadual de Maringá), a partir das 19h30. As inscrições serão feitas no local, com certificação de quatro horas de participação.
O debate conta com expositoras convidadas de Recife, Pernambuco. Entre as convidadas está a Mestra Joana Cavalcante, primeira mulher mestra de uma nação de maracatu de baque virado e fundadora do movimento Baque Mulher. Participam também: Tenily Guian, que é Yabá do terreiro Ylê Axé Oxum Deym, onde Mestra Joana é Yakekerê, segunda pessoa na hierarquia da casa, coordenadora do Baque Mulher Rio de Janeiro e oficineira do Baque Mulher e da Nação de Maracatu Encanto do Pina pelo Brasil; e Maya Silva, que é filha do Ylê Axé Oxum Deym e batuqueira da Nação de Maracatu Encanto do Pina e do Baque Mulher de Recife há dez anos.
As palestras abrem o Obá Xirê - Vivência de Maracatu Baque Mulher, evento que ocorre entre os dias 4 e 6 de maio, em Maringá, e é organizado pelo grupo de Maracatu Baque Mulher Maringá. O objetivo da coordenação é conduzir um espaço de debate sobre o feminismo negro interseccional e suas práticas.
Obá Xirê
O evento Obá Xirê - Vivência de Maracatu Baque Mulher promove oficinas de percussão para mulheres. A vivência conta com rodas de conversa e um tradicional cortejo de encerramento no início da tarde de domingo. Acompanhe a programação completa.
O grupo de Maracatu Baque Mulher Maringá atua na cidade desde 2017 como filial do grupo matriz de Recife. Fundamentadas por discussões do candomblé, maracatu e do feminismo, o grupo, em pouco mais de um ano, realizou diversas campanhas de arrecadação, apresentações, rodas de conversa e oficinas gratuitas.
As inscrições estão abertas e para quem vai participar das oficinas de percussão o investimento é R$ 50,00 para todos os dias ou R$ 20,00 por dia de participação. Para incentivar a adesão de mulheres negras, os valores passam para R$ 25,00 todos os dias ou R$ 10,00 por dia. Há vagas para cotas sociais também, mediante contato com a organização.