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O foco do evento foram atividades educativas

 

Nesta quarta-feira (11), foi comemorado o Dia Mundial da Obesidade e o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM). Esse é um tema muito importante na atualidade, já que cada dia tem crescido o número de pessoas acima do peso em todo o mundo.

De acordo com o docente de endocrinologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Wilson Eik Filho, mais da metade da população em geral, sofre com o sobrepeso e mais de 18% desse número já são considerados obesos. Isso tem um impacto muito grande em relação ao risco de doenças relacionadas com a obesidade como diabetes, hipertensão arterial, doenças nas articulações, e alguns tipos de tumores como o câncer de mama.

O doutor atendeu diversos servidores e pacientes, mostrando que a endocrinologia e a nutrição têm tentado resgatar comportamentos mais saudáveis para a manutenção do peso corporal. “Nossa mensagem é que as pessoas não devem se desencaminhar com as falsas promesas e tentar o tratamento adequado. Não é fácil, mas é possível manter-se ou reduzir o peso, especialmente, quando buscamos ações que tenham o envolvimento de uma equipe multidisciplinar, que reúna nutricionistas, endocrinologistas, educadores físicos, entre outros profissionais.”

Os especialistas em endocrinologia ofereceram orientações gerais com distribuição de folderes e a exibição de vídeos educacionais sobre a obesidade. Também mediram a pressão arterial, a estatura, a medida da circunferência abdominal e o peso das pessoas que passaram pelo corredor e se interessaram pelas atividades.

Rodolfo Luis Silva Souza, residente do quinto ano de medicina e presidente da Liga Acadêmica de Endocrinologia de Maringá (LEMA), apoiou o doutor Eik Filho. Para ele, o foco desse evento, que aconteceu pela primeira vez no HUM, é a conscientização e a sensibilização do público sobre o fato de que “a obesidade é uma epidemia e traz consequências sérias para a saúde”.

Já alunos e profissionais da nutrição orientaram a comunidade hospitalar sobre como se faz uma alimentação saudável. Além disso, mostraram o quanto de açúcar e sódio pode estar escondido nos produtos industrializados que consumimos no dia a dia. Quem toma um litro de refrigerante por dia, por exemplo, consome, só com esse hábito, cerca de seis quilos de açúcar por mês.

“A mensagem central é a conscientização para evitar alimentos industrializados e processados. Nesta nossa passagem por aqui, se conseguirmos que uma pessoa deixe de consumir pelo menos um dos alimentos nocivos à saúde que estamos mostrando, já é uma grande vitória”, afirmou a nutricionista do HUM, Natália Cristina Scaliante. A equipe coordenada por ela ainda distribuiu receitas de “comida de verdade”, como o inhaminho de morango e a manteiga de azeite, que podem substituir produtos industrializados.

O evento desta quarta-feira do HUM foi organizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) e a Liga Acadêmica de Endocrinologia de Maringá (LEMA), com o apoio da Assessoria de Ensino, Pesquisa e Extensão do hospital.