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A iniciativa é do Projeto Sorrir com Saúde da UEM que integra professores universitários, alunos de pós-graduação, de graduação, além de profissionais das áreas da saúde e da educação

O Projeto Sorrir com Saúde, da UEM realizou, nessa quarta-feira (04), uma oficina com alunos da Escola Municipal Lucas Machado, em Marialva, falando sobre os malefícios que o açúcar traz para a saúde das crianças. Foram levadas diversas embalagens de alimentos industrializados que as crianças costumam consumir diariamente e que possuem alto teor de açúcar na composição.

 

Por meio da oficina, os alunos conseguiram identificar que alimentos como refrigerante, achocolatados, balas e chicletes possuem quase o dobro da quantidade indicada para o consumo diário. A dentista Nallu Gomes Lima Hironaka explica que o açúcar contém um monte de calorias com nenhum nutriente essencial, ou seja, não há proteínas, gorduras, vitaminas ou minerais, apenas pura energia. “Quando ingerido em excesso, o açúcar pode trazer grandes prejuízos para saúde das crianças, tanto problemas sistêmicos - como a obesidade infantil, predisposição a diabetes, além de problemas locais, como a cárie dentária,” conta Hironaka

A iniciativa da oficina partiu da equipe pedagógica, que identificou o alto consumo de doces nas dependências da escola, prejudicando além da saúde dos alunos, o desempenho em sala de aula.

Sobre o açúcar - Segundo a OMS um adulto deve consumir por dia 25g de açúcar refinado (equivale a 6 colheres de chá). A grande oferta de alimentos industrializados aliado a baixos preços e sedentarismo acaba resultado em uma população cada vez mais com problemas de obesidade, diabetes, perda dentária (cárie), entre outras doenças provocadas pelo açúcar.

Por trás desses alimentos industrializados e processados está presente uma alta quantidade de açúcar que o consumidor desconhece. Por exemplo: uma lata de refrigerante apresenta 40g de açúcar, isso equivale a 6 colheres de sopa. Isso reflete diretamente na saúde das crianças que estão criando maus hábitos desde cedo. Segun­do a ABESO (Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), quase 40% das crianças estão com sobrepeso.

O projeto - O Projeto Sorrir com Saúde foi criado na Universidade Estadual de Maringá e é o resultado da integração entre professores universitários, alunos de pós-graduação, de graduação além de profissionais das áreas da saúde e da educação, na busca da construção de ações para a promoção da saúde bucal, especificamente em Centros de Educação Infantil e Escolas do Ensino Fundamental, em Maringá, Marialva e Sarandi.

 Por meio do projeto realizam-se trabalhos de educação em saúde bucal para prevenção e controle das doenças bucais, principalmente a cárie. Além disso, promove tratamentos curativos (restaurações de dentes cariados) utilizando o Tratamento Restaurador Atraumático, que pode ser realizado de maneira rápida e eficiente na própria escola, em ambiente fora da clínica. Neste ano, o projeto recebeu o financiamento pelo Programa Universidades Sem Fronteiras, elaborado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná.