Cinco programas de pós-graduação receberam conceito equivalente a padrões internacionais de excelência. No total, doze tiveram o conceito elevado em relação a avaliação anterior
Doze programas de pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá (UEM) tiveram crescimento no conceito de qualidade apresentado nesta quarta-feira, dia 20, pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (Capes). Destaque para cinco programas que obtiveram o desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência, com nota 6. Na avaliação anterior eram dois nesse patamar, os Programas de Pós-Graduação em Agronomia (PGA) e em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA). Agora também obtiveram nota 6 os Programas de Pós-Graduação em Engenharia Química (PEQ), em Química (PQU) e em Zootecnia (PPZ).
O coordenador do PEQ, Marcelino Luiz Gimenes, comemorou o resultado e comentou que ele é fruto do empenho conjunto dos professores e dos bons acadêmicos selecionados nos cursos de mestrado e doutorado. Sobre o impacto do novo conceito, Gimenes acredita que além de conferir maior visibilidade ao Programa, a forma de recebimento de recursos muda, sendo repassada diretamente à coordenação, o que garante maior flexibilidade para utilização e aplicação do dinheiro.
O coordenador do PEA, Sidinei Magela Thomaz, lembra que há uma década e meia o programa vem mantendo o conceito 6. “Ainda que o objetivo seja sempre alcançar um nível acima, esse resultado é uma vitória para nós, principalmente porque na área de biodiversidade são apenas cinco cursos em todo o Brasil que alcançaram o conceito máximo, em um universo de aproximadamente 150 cursos”, pontua o coordenador. Ainda segundo ele, a vitória é mais ampla se considerar a atual conjuntura da UEM, que hoje sofre com a falta de reposição de professores. “Muitos dos docentes do PEA se aposentaram e não tivemos reposição de quadro, então nesse cenário desfavorável é de fato uma vitória a manutenção do conceito 6”, analisa Thomaz.
Outros conceitos
Cinco programas da UEM subiram de conceito atingindo nota 5, considerado de nível de excelência nacional. No total são nove programas com essa nota.
A Universidade ainda conta com 15 programas que obtiveram nota 4, considerado de bom desempenho. Além de 13 programas com nota 3, incluindo aqui os dois mestrados profissionais da instituição. É importante ressaltar que os programas abertos recentemente, que não formaram turmas, e que participam pela primeira vez da avaliação, geralmente mantêm a nota inicial de recomendação, 3 e 4.
A avaliação, que passou a ser quadrienal, foi divulgada pela própria Capes. Para obter a nota referente ao curso, que vai de 1 até 7, são analisados infraestrutura, proposta do programa, análise do corpo docente e discente e produção intelectual. As comissões utilizam como base as informações fornecidas de forma contínua pelos programas durante o período avaliado. Ao final de cada ano, as informações são chanceladas pelos pró-reitores das instituições.
Apoio
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da UEM, Célia Regina Granhen Tavares, avalia como positivo o desempenho da Instituição. Não só pelos cinco cursos que obtiveram nota 6 mas também pelos programas que vinham tendo problemas ao longo do quadriênio e se recuperam, mantendo a nota ou mesmo subindo no conceito da Capes.
Segundo a pró-reitora, a PPG desenvolveu um trabalho consistente com os programas oferecendo apoio, principalmente na qualidade da apresentação dos dados nos relatórios. “Muitos programas desenvolvem atividades importantes que não aparecem nos relatórios e consequentemente não demonstram a evolução alcançada. Nosso trabalho foi ajudar na melhoria das apresentações”, informa Célia Regina, citando também o esforço no sentido de aumentar a produção científica, por meio de financiamento de artigos em periódicos de alto impacto.
A pró-reitora ainda destaca o esforço dos coordenadores, dos docentes e dos discentes dos programas, que certamente refletiu no resultado final.