maringa em foco

O debate, promovido pela rádio CBN, reuniu representantes políticos e reitores de instituições de ensino superior da cidade

Na noite da última terça-feira (22), a rádio CBN reuniu representantes de instituições de ensino superior e da classe política em um debate sobre o futuro da educação básica e do ensino superior de Maringá e região. O encontro, comandado pelo jornalista Gilson Aguiar, contou com a presença do reitor da UEM, Mauro Baesso; o reitor da Unicesumar, Wilson Matos; o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe/NOPR), José Carlos Barbieri; além do vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora.

Por mais de uma hora, os debatedores fizeram questionamentos e defenderam ideias sobre o futuro da educação, especialmente o destino dos ensinos público e privado de nível superior para as próximas décadas. Falaram também sobre a responsabilidade do setor na formação docente, além de reflexões sobre a contribuição dessas entidades educacionais para economia e crescimento regional.

Embora as argumentações dos convidados tratassem de dados qualitativos e quantitativos acerca do ensino superior no município, aspectos importantes da educação básica da rede pública também foram fortemente debatidos. Neste contexto, o reitor da UEM defendeu a inclusão e o acesso à educação de qualidade, desde a alfabetização, passando pelos ensinos fundamental e médio, até a faculdade. “Os investimentos na qualidade no ensino básico é a garantia de excelência dos profissionais no futuro, seu sucesso econômico será consequência disso”, ressalta.

Baesso também destacou a atuação das universidades no desenvolvimento de novas tecnologias, ressaltando que, apesar do momento complicado vivido pelas instituições públicas de ensino superior, as pesquisas têm avançado em diversas áreas do conhecimento. Ele ainda enfatizou que a ciência gera resultados de longo prazo e a sociedade deve estar mais preparada para entender este processo, a exemplo do que ocorre em países desenvolvidos.

Scabora levantou aspectos burocráticos que criam barreiras para o acesso às inovações desenvolvidas pelas universidades. De acordo com o vice-prefeito de Maringá, deve haver convergência entre as instituições de ensino superior públicas e organizações privadas do setor, em defesa de mudanças na legislação que visem o acesso democrático ao conhecimento. “Nosso sistema político não acompanha as inovações; nós temos a chave do cofre, mas somos impedidos de abri-lo”, afirma.

Para o reitor da Unicesumar, Wilson Matos, são necessárias políticas públicas mais eficientes e que estimulem o acesso de jovens de famílias de baixa renda ao ensino superior. Segundo ele, uma forma de contribuir com a formação profissional nas comunidades é aumentar os investimentos em bolsas entre estudantes da rede pública. Esta reflexão foi compartilhada pelo presidente do Sinepe, que destacou a necessidade de contribuição desse profissional, que foi beneficiado pela bolsa, aplicando o conhecimento técnico adquirido em benefício das comunidades de origem.

 

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