18893227 304908246587973 5952706430335475334 n

Com oficinas de sensibilização, campanhas, audiências públicas e mobilização, o projeto auxilia na execução e averiguações das ações estratégicas do Peti, com atuação em três municípios

 

Hoje (12) é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Segundo dados de 2015, do IBGE e PNAD, 3,2% da população brasileira correspondem a crianças e jovens de cinco a 15 anos que trabalham, fora da condição regulamentada do programa de aprendizagem, que é a partir de 14 anos. O Paraná tem o mesmo índice.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) é sensível a essa questão e tem um projeto de extensão que desenvolve, apoia e orienta ações em três municípios da região, que aderiram ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Com atividades em Maringá, Sarandi e Paiçandu, uma das atuações do projeto é prestar assessoria às gestões municipais, com relação a alguns desafios como: identificação do trabalho infantil, atendimento adequado das crianças, adolescentes e também às famílias, nos serviços socioassistenciais. Além da desmistificação do aspecto cultural sobre a visão positiva do trabalho infantil.

O projeto, que é cofinanciado pelo Programa Universidade Sem Fronteira (USF), é coordenado pela assistente social Telma Maranho Gomes, ligada à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UEM. Analisando os dados que mapeiam o trabalho infantil, Telma Maranho destaca que há uma queda sensível ao mesmo tempo que verifica-se elevação no número de crianças que passaram a frequentam as escolas. Para ela, o trabalho na área de assistência social nos últimos anos, incluindo o Peti, vem contribuindo para a diminuição do trabalho infantil.

A assistente social explica que não há dados de 2015 sobre as taxas de trabalho infantil para os municípios envolvidos no projeto da UEM. Os números são do último censo do IBGE de 2010. Segundo esse levantamento, em Maringá são cerca três mil crianças e jovens nessa condição, o que corresponde a 6,65% da população. Em Sarandi são 6,42%, equivalente a cerca de 900 crianças e, em Paiçandu, 8,9%, aproximadamente 510 crianças. 

O projeto de extensão da UEM conta ainda com a orientação da professora Gláucia Valéria do Departamento de Psicologia. Na equipe também atuam quatro acadêmicos, Carolina Guarnieri do curso de Ciências Sociais, Vinicius Schipitoski Gomes, do curso de Direito, Flávia Pacheco e Denisse Brust Lopez, ambas do curso de Psicologia. Além dos assistentes sociais Pedro Girotto Ribeiro e Bruna Stoel de Souza, esta última atuando pelo programa de residência técnica da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. 

Sobre o Peti

Trata-se de um Programa do governo federal implantado para combater a exploração do trabalho precoce de crianças e adolescentes de até 16 anos. O programa assegura a transferência de renda às famílias, exige a frequência à escola e proporciona serviços de orientação e acompanhamento para crianças e jovens.

*Jornalista residente pelo Programa de Residência Técnica, com supervisão da Assessoria de Comunicação