Um estudo coordenado pela professora Jeane Visentainer (foto), do Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS), da Universidade Estadual de Maringá, foi premiado como o melhor trabalho em imunogenética durante o XVI Encontro de Histocompatibilidade e Imunogenética, realizado, em agosto, em Fortaleza, como parte do XX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO). 

O trabalho "Genetic Polymorphisms of IL 17 and Chagas Disease in the south and southeast of Brazil" (Poliformismos genéticos da interleucina 17 e Doença de Chagas no sul e sudeste do Brasil) também tem como autores Pâmela Reis, Christiane Ayo, Luiz Carlos de Mattos, Amarilis Moraes, Julimary Aquino, Luciana Macedo, Márcia Dalalio, Ana Sell e Divina Oliveira Marques.
Professoras Ana Maria Sell, Jeane Visentainer e Márcia Machado de Oliveira

O estudo relaciona a presença de determinadas citocinas, como a Interleucina 17, na Doença de Chagas. Vale dizer que interleucinas são substâncias liberadas por células que controlam a resposta imunológica, suprimindo ou aumentando esta resposta, dependendo da forma clínica da doença. Um exemplo foi o estudo premiado, que mostrou uma associação de marcadores da resposta imune (Interleucina 17) com a forma mais grave da Doença de Chagas, a cardiomiopatia chagásica crônica.
Para desenvolver a pesquisa, Jeane e seus alunos orientados contaram com a participação de moradores das regiões sul e sudeste do Brasil como voluntários no estudo.

Laboratório

Na UEM, Jeane atua como diretora do Laboratório de Imunogenética (LIG-UEM), que realiza na sua rotina exames de histocompatibilidade para a busca do melhor par doador-receptor de transplante de medula óssea. Além disso, professores deste laboratório realizam pesquisas laboratoriais envolvendo marcadores celulares que podem estar associados à doenças.
Jeane Visentainer recebe o certificado no Congresso, em Fortaleza

Dentre estes estudos, destacam-se aqueles de associações de genes de resposta imune com doenças infecciosas típicas da região, a fim de avaliar o papel de fatores genéticos no desenvolvimento destas doenças.
Além destas atividades, o Laboratório serve como campo de pesquisa para os estudantes de graduação e pós-graduação, no sentido de transferir conhecimento e preparar profissionais especializados em histocompatibilidade humana, imunohematologia e imunogenética.