Um grupo de cinco alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Estadual de Maringá, venceu um concurso de ideias ao desenvolver um projeto para intervenção no sistema de cobertura do prédio do Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP) da UEM. 

O concurso visou a melhoria do desempenho térmico dos espaços de salas de aulas, sem desrespeitar o projeto arquitetônico original, de autoria de João Filgueiras Lima. O Lelé (1923-2014), como era conhecido, projetou um conjunto de edifícios com características em comum, que constituíram um programa de criação de escolas em nível nacional, no início da década de 1990, iniciativa do governo federal. Eles eram chamados à época de Caics.

As professoras pesquisadoras Mariana Fortes Goulart e Marieli Lukiantchuki avaliaram as condições do edifício e demonstram que a cobertura é a principal responsável pelo ganho térmico, fato que pode chegar a interferir na relação de ensino e aprendizagem.
O desenvolvimento do concurso foi coordenado pelos professores Igor Valques e Leonardo Barbosa, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU), e a professora Mariana Fortes Goulart, do Departamento de Engenharia Civil (DEC), em um projeto de extensão, e contou com a orientação de docentes do DAU.

Como parte da programação, os inscritos no concurso assistiram a uma palestra professora Marieli Lukiantchuki, sobre conforto ambiental na obra do arquiteto João Filgueiras Lima; e outra, abordando o conforto térmico no CAP/UEM, pela professora Mariana Fortes Goulart. Além disso, fizeram visitas técnicas ao CAP e frequentaram o ateliê de desenvolvimento de projetos. Houve a participação de três equipes de alunos, que, no dia 28 de julho, apresentaram suas propostas para uma comissão composta por um grupo de docentes do DAU.

O projeto vencedor é de autoria dos estudantes Artur Sato e Valquíria Flügel (do primeiro ano); e Felipe Bassani, Gabriel Deller e Gustavo Bondezan (do terceiro ano). A integração entre alunos de diferentes séries foi um dos objetivos do evento.
A solução vencedora pautou-se pela limpeza e sombreamento da cobertura, com caixas em fibra de vidro nas dimensões estabelecidas pelo projeto original, contendo argila expandida. Os vencedores também intervieram nos espaços interiores, instalando um forro que proporcionará a melhoria do desempenho térmico e acústico do prédio.

Para apresentarem o estudo preliminar, os alunos desenharam, construíram perspectivas e elaboraram uma maquete física volumétrica. Além de buscar uma solução de melhoria de desempenho do prédio do CAP, o concurso estimulou o debate sobre a importância do conforto ambiental em prédios escolares, proporcionou uma experiência real aos acadêmicos e promoveu grande integração entre os alunos e deles com os docentes.