Uma boa dica para quem estará de férias em julho é visitar, no Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), câmpus da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a exposição Paisagens Culturais e Populações: as fronteiras entre a informação e o entretenimento no Norte do Paraná (1950-2010).
Organizada pelo Museu da Bacia do Paraná (MBP), a mostra faz parte das atividades da 14ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), e trata dos meios mais populares de acesso à comunicação e ao entretenimento em Maringá.
A temática aborda principalmente os últimos sessenta anos, período no qual surgiram empreendimentos no campo da informação que ofereceram suporte para o desenvolvimento dos primeiros jornais, revistas e emissoras de rádio e TV na cidade e região.
Os artefatos em exposição pertencem ao acervo do MBP e proporcionam o contato direto dos visitantes com elementos da cultura material, expressa em cartas manuscritas e equipamentos de radiodifusão, imprensa, televisão, telefonia fixa ou móvel.
A proposta é que a percepção do desenvolvimento dos meios de comunicação provoque reflexões acerca das mudanças nas práticas costumeiras da sociedade local.
Cerca de 80 pessoas prestigiaram a solenidade de abertura da exposição, no final de junho, aproveitando para comemorar os 37 anos do MBP.
Entre os presentes estavam alunos e professores da Escola Estadual Maria Antonia e do Colégio Olavo Bilac; professores do ensino básico de várias escolas públicas de Maringá e região; professores do curso de segunda licenciatura em História do Parfor-História/UEM; e doutorandos e mestrandos do Programa de Pós-Graduação em História (PPH), além da pró-reitora de Extensão e Cultura, Itana Gimenes, e de outras autoridades da Universidade e da comunidade maringaense.
Coordenadora do Museu da Bacia do Paraná, a professora Sandra Pelegrini fez uma homenagem ao servidor João Batista da Silva, funcionário do MBP. João é técnico administrativo em Assuntos Culturais e atua no Museu desde 1979.
Sandra lembrou que o servidor se tornou jovem, casou-se, foi pai e avô ao longo do período em que trabalhou no Museu. "A sua vida pessoal e profissional caminharam juntas".
A professora ainda destacou a versatilidade e o empenho do servidor, que, no decorrer da carreira, soube se adaptar às novas demandas de trabalho. "Agradeço ao João Batista pelo bom humor, pelas estórias de suspense e pela orientação aos acadêmicos e estagiários, simultaneamente enérgica e carinhosa do professor que atuou mais de 35 no ensino médio e fundamental de Maringá e região", disse.
A esposa do servidor, Rose da Silva, também foi lembrada, "pelo companheirismo e dedicação ao MBP, uma vez que o casal figurou como os primeiros amigos do Museu, antes mesmo que se cogitasse a criação da Associação dos Amigos do MBP".
Para Sandra, ter trabalhado com João Batista foi um aprendizado. "Profissionais assim fazem falta em qualquer lugar; eu e toda a minha equipe de pesquisadores, da graduação ao pós-doutoramento, sentiremos saudades, mas desejamos que tenha muito sucesso no futuro que terá pela frente", afirmou.
A exposição no Mudi prossegue até o dia 30 de setembro. O agendamento de grupos pode ser feito pelo fone (44) 3011- 4930.
