Foram empossados, hoje (6), os novos membros do Conselho Universitário (COU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). São 85 docentes, entre titulares e suplentes, que representarão os respectivos departamentos por um mandato de dois anos.

A solenidade foi presidida pelo reitor Mauro Baesso que deu as boas-vindas aos conselheiros que iniciam o mandato e ao mesmo tempo agradeceu o trabalho desempenhado por aqueles que encerraram a gestão. Baesso apresentou algumas ações futuras da administração central e falou do momento atual, em que o modelo de sistema público de ensino superior vem sendo colocado em cheque em muitos discursos políticos.

Baesso defende a necessidade de uma discussão séria e aprofundada sobre o assunto, para não correr o risco de sucatear ainda mais o ensino superior público. E, segundo o reitor, esse debate talvez tenha que ser feito dentro do Conselho.

O vice-reitor Julio Damasceno, também presente na solenidade, salientou a importância do momento em que o COU se renova a partir dos novos membros e do ânimo revigorado daqueles que continuam por mais um mandato.

Discursando em nome dos conselheiros empossados, o professor Jeselay Hemetério Cordeiro dos Reis, do Departamento de Engenharia Civil, falou sobre a responsabilidade do cargo, especialmente porque o Conselho que estava “passando o bastão”, foi qualificado e criterioso em várias decisões que, segundo ele, foram marcantes para a história da UEM. Como exemplo, ele citou o novo regulamento para concurso de professor efetivo e o retorno da paridade para eleições de reitor e vice-reitor.

Reis também frisou que o momento é de profundas transformações, que por vezes causam medo, incertezas e desconfianças capazes de sabotar o trabalho e prejudicar a imagem do professor. “Nesses dois anos de mandato precisaremos superar tudo isso, deixando de lado nossas ideologias e interesses individuais para encontrar um valor único e aglutinador e assim contribuir para que a UEM ultrapasse mais esse momento de dificuldade”, disse.Para Reis, o momento exige empenho e trabalho para construir uma universidade melhor, com menos disputas e mais consensos.

Convidado a falar em nome dos conselheiros que encerraram o mandato, o professor Reginaldo Benedito Dias, do Departamento de História, relembrou os quarenta anos de reconhecimento oficial da UEM, comemorado no último mês de maio. E nessa retrospectiva ressaltou o trabalho dos conselheiros da época, que iniciaram e concluíram o primeiro grande processo de reforma administrativa.

Outros capítulos importantes na história da UEM foram destacados pelo professor, como a primeira eleição direta para reitor, em 1986, e a conquista da gratuidade do ensino, negociada em 1987 e implantada a partir de 1988.

De acordo com Dias, do mandato do primeiro reitor eleito até o do atual reitor, o Conselho Universitário pautou, debateu e aprovou medidas de reforma administrativa, às vezes de dimensões parciais, outras mais sistêmicas.

“Ao longo dessa história, o tema da autonomia universitária também esteve presente, ganhando o primeiro plano no último biênio, com uma proposta de sistematização que seriam as balizas mínimas que a UEM estabeleceria para a adoção da autonomia administrativa e financeira”, destacou o professor.

Para ele, essa é uma das principais pautas legadas à nova gestão. Defendendo a ideia de que autonomia e reforma administrativa guardam uma relação entre si, Dias comentou que “a condução da reforma é otimizada com o princípio da autonomia, do mesmo modo que a autonomia exigirá de nós uma redefinição das formas de gestão e de estrutura administrativa”.

Esse é um processo que, de acordo com Dias, demanda debates democráticos e também pactuações internas. E o Conselho Universitário, com sua ampla representatividade, é a instância competente para conduzir a discussão.  

Confira aqui o nome dos novos conselheiros do COU.

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