Com cerca de 250 pessoas inscritas, começou, nesta quinta-feira (28), na Universidade Estadual de Maringá, o 1º Fórum de Integração de Ensino, Pesquisa e Extensão (Forint UEM). Previsto para terminar no sábado (30), o evento tem uma ampla programação, que reúne palestras, painel, mesas-redondas, apresentações de trabalhos.

Na solenidade de abertura, realizada no Bloco B-33, o reitor Mauro Baesso chamou a atenção principalmente para a importância de se manter o sistema de ensino superior público brasileiro atual, a despeito das especulações sobre a introdução de mudanças que o tornem similar ao modelo do ensino superior privado. Para Baesso, esta migração tornaria, nas universidades públicas, impossível a continuidade da pesquisa, do ensino e da extensão.

O reitor também mencionou a importância da integração entre as três áreas, dizendo, entre outras coisas, que só é possível criar lideranças na instituição quando há a multidisciplinaridade entre o ensino, a pesquisa e a extensão. Falou, ainda, da relevância da inovação, afirmando ser imprescindível que ela seja voltada para os anseios da sociedade.

A pró-reitora de Extensão e Cultura, Itana Gimenes, ressaltou que o ganho e o amadurecimento já estão consolidados entre a PEC e as pró-reitorias de Ensino (PEC), e de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG). Destacou que o papel da extensão no Brasil tem se fortalecido em todas as instâncias, fazendo com que esta área deixasse de desenvolver um trabalho essencialmente assistencialista para se voltar também para a tecnologia, tornando-a uma forte aliada em suas tarefas.

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Célia Tavares, explicou que a organização do Forint buscou selecionar trabalhos ligados ao caráter da integração entre as três áreas. Disse esperar que o evento contribua para a definição de políticas públicas voltadas para a indissociabilidade do ensino, a pesquisa e a extensão.

A pró-reitora de Ensino, Ana Obara, afirmou que o Forint tem o intuito de criar um espaço para o debate. Citou o falecido geógrafo Milton Santos e o sociólogo português Boaventura Santos para enaltecer o papel da resistência da universidade pública brasileira no cenário político e econômico atual, enfatizando a importância de fortalecer o debate coletivo das ideias. Obara ainda citou o sociólogo polaco Zigmunt Bauman, para quem, além de pessoas otimistas e pessimistas no mundo, há uma terceira classificação, na qual a pró-reitora se dizer incluir, que é a atitude da esperança.

O Fórum é uma promoção das pró-reitorias de Ensino; Extensão e Cultura; e de Pesquisa e de Pós-Graduação (PPG). Para consultar a programação acesse este link.