Em solenidades ocorridas na arena coberta do Parque de Exposições de Maringá, nas últimas quinta (14) e sexta-feiras (15), 1.275 formandos do câmpus sede receberam seus certificados de conclusão de curso pela Universidade Estadual de Maringá. As duas solenidades contaram com a presença de autoridades locais, regionais e da UEM.
Os neograduados na sexta-feira são dos cursos de Zootecnia, Agronomia, Química, Matemática, Física, Estatística, Odontologia, Educação Física, Farmácia, Enfermagem, Biomedicina, Letras, Geografia, História, Pedagogia, Psicologia, Ciências Sociais, Filosofia, Secretariado Executivo Trilíngue, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais, Comunicação e Multimeios, História EAD (Polos de Assaí, Astorga, Diamante do Norte e Letras EAD.
Onze formandos receberam a láurea acadêmica, por terem concluído ao menos dois terços de todas suas notas com conceito 9 ou superior.
O paraninfo geral foi o professor Basílio Bacarin, a juramentista Dayane Pagotto e a oradora Heloíse Martins Machado. Falando em nome dos formandos, a oradora fez um agradecimento aos pais, familiares, amigos, professores e mestres pelo apoio durante a trajetória acadêmica.
Heloíse também afirmou que, durante a vida na Universidade, “percebemos o quanto somos capazes de superar problemas, de compreender o valor de aprender e de ensinar e a importância de discutirmos ideias, a ponto de discordarmos até de nós mesmos”.
Bacarin, professor aposentado da Universidade, e que ajudou a criar diversos cursos na Instituição, fez um histórico da cidade e da criação da UEM, citando inclusive as dificuldades para administrá-la no início, década de 1970. Disse que nunca temeu as falhas e sempre enfrentou a vida com perseverança. E aconselhou os formandos a fazerem o mesmo: enfrentar a vida com esperança e altivez, porque "vocês são jovens com pouco passado e muito futuro".
Para ele, “a juventude, a inteligência e o diploma têm que ser colocados a serviço da redenção social da pátria, e jamais a serviço da opressão”. Disse ainda que se sentia gratificado e sensibilizado pelo convite para ser paraninfo.
O vice-reitor, Julio Damasceno, convidado pelo reitor para fazer uma saudação aos formandos, afirmou que a formatura é um momento mágico da Universidade. Segundo ele, é o momento em que a instituição devolve a comunidade àqueles que serão os grandes transformadores da sociedade.
Damasceno desejou sucesso aos formandos e que levem nos corações todas as vivências, carinho e atenção da UEM. Elogiou a escolha de Bacarin, dizendo que é um exemplo de vida e reconhecendo que a UEM deve muito ao professor aposentado.
O reitor Mauro Baesso ressaltou que uma sociedade livre e soberana é aquela cuja população tem conhecimento e que tem um caminho a trilhar no mundo do conhecimento. Lembrou que a economia flutua, mas o conhecimento ninguém retira e é um aliado para enfrentar os desafios e as crises. Orientou os novos graduados a utilizarem o aprendizado, adquirido na graduação, com ética e competência, em benefício da sociedade.
Na noite de sexta-feira (15), novamente a arena coberta do Parque de Exposições reuniu milhares de pessoas, quando colaram 580 novos formandos dos cursos de Administração, Direito, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Biológicas, Tecnologia em Biotecnologia, Bioquímica, Engenharia Civil, Engenharia Química, Ciência da Computação, Informática, Engenharia Mecânica, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Produção, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Elétrica e Administração Pública EAD.
Oito formandos foram agraciados com a láurea acadêmica. O paraninfo foi o professor Rogério Marchiosi, da UEM; o orador Luigi Martins Soncin; e o juramentista, Wendel Felipe Rodrigues. Ex-ajudante de pedreiro, que construiu sua trajetória com esforço, o paraninfo estudou bioquímica e cursou mestrado e doutorado.
No discurso, lembrou, entre outras coisas, a passagem no livro de Eclesiastes, escrita por Salomão, sobre o fato de que "tudo tem o seu tempo determinado", para dizer que, embora escrita há milhares de anos, narra a história de cada formando. "Pois embora eu possa ver um sorriso no rosto de cada um (tempo de rir), tenho certeza de que já choraram muito! Choraram por terem escolhido viver (tempo de buscar), buscar conhecimento e sabedoria!".
Marchiosi disse, ainda, que os formandos sairiam de lá com um diploma da melhor universidade estadual do Paraná, devendo fazer jus a esse título. Por fim, pediu aos novos profissionais para não se esquecerem de buscar o aperfeiçoamento profissional. E afirmou que nossa pátria precisa de "jovens guerreiros dispostos a enfrentar grandes desafios", incluindo a corrupção. "Quando se sentirem desanimados, lembrem-se de figuras como Thomas Alva Edison, um ilustre exemplo de superação", assegurou. Expulso da escola quando criança, por ser curioso e confuso da cebeça, segundo o professor do menino, Edison se tornou "um dos maiores inventores da história e um dos mais importantes empresários dos Estados Unidos".
O orador, Luigi Martins Soncin, disse que se pudesse resumir a faculdade em uma palavra ela seria "descoberta". "Descoberta de novos conhecimentos, desafios, amizades e entidades", afirmou. Para o orador, a questão era imaginar o conhecimento como uma bússola, pois para Soncin "ela é o que irá nos guiar para a transformação da realidade".
Ele ainda citou a importância das entidades estudantis na formação "mais ampla e plena" dos estudantes, e ressaltou: "devemos viver como se fossemos morrer amanhã, aprender como se fossemos viver para sempre e saber que a vida em grande estilo começa exatamente na mesma linha em que termina nossa zona de conforto".
O vice-reitor, Julio Damasceno, destacou a presença do professor Rogério Marchiosi como paraninfo, enaltecendo o fato de ele ser um jovem que estava ali também representando os jovens formandos, que acreditarem em si e se esforçaram para concluir a graduação..
O reitor Mauro Baesso destacou, novamente, a importância do conhecimento adquirido pelo ser humano e sua emancipação, conclamando a todos a aplicar este conhecimento acumulado ao longo dos anos na graduação com profissionalismo e ética, em prol da sociedade.
Baesso lembrou a diferença de gerações representadas nos paraninfos de quinta e sexta-feira. Para o reitor, Bacarin simboliza a figura que ajudou a construir a história da UEM, deixando seu legado, enquanto que Rogério, representa um jovem começando a vida, que certamente terá papel na consolidação da história da Universidade.
