Seminário avalia Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio

Moraes comenta que essa situação, a universalização do ensino médio e a mudança da organização curricular do ensino médio tornam-se um desafio a ser enfrentados. Segundo a professora, no redesenho curricular, devem ser implantadas três ações articuladas: discussão da Base Nacional do Currículo, discussão da formação inicial dos professores e articulação entre as ensino superior e a educação básica.

A chefe do Núcleo Regional de Educação de Maringá, Maria Inês Teixeira Barbosa, destacou a importância do trabalho desenvolvido no PNEM que, mesmo com todas as dificuldades, concluiu a segunda etapa. Também salientou a importância de se rediscutir o ensino médio que, há muito tempo, apresenta-se como uma lacuna entre os ensinos fundamental e superior. A educação básica é fundamental para dar verdadeira cidadania às pessoas e é o mínimo, diz Barbosa. Para ela, o ensino médio é o coroamento dessa formação. Comentou também que o Pacto está entusiasmando os professores, que estão discutindo as questões e problemas do ensino médio em busca de soluções.

A pró-reitora de Ensino da UEM, Ana Obara, falou de sua satisfação de ver o anfiteatro cheio de professores para discutir questões importantes para a área, como formação continuada e fortalecimento do ensino. Lembrou que a educação no Brasil sempre vive crises e sofre embates, mas que resiste. O Pacto, diz, é uma forma de pressionar para que se tenha formação continuada e que devemos lutar para que políticas públicas e programas com resultados satisfatórios não sofram cortes. Ressaltou que o PNEM é vital para garantir a cidadania dos jovens e que é inaceitável 50% dos jovens sem o ensino médio. Destacou a importância de se refletir e debater sobre o que foi construído ao longo do PNEM, pensar em soluções no coletivo e lembrar que somos responsáveis pela formação dos jovens.

A pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM, Itana Gimenes, citou alguns programas de integração com o ensino médio e disse que a UEM está determinada a fazer com que eles conversem entre si e que as licenciaturas tenham o compromisso de incentivar essa integração com a educação básica e o ensino médio. Comentou sobre dificuldades e deficiências de alguns alunos e sobre o que poderia ser feito para melhorar a situação na UEM, mas que chegou à conclusão que o PNEM é o que precisamos. Gimenes destacou ainda a questão de acesso ao vestibular e ao PAS (Programa de Avaliação Seriada) e de despertar interesse pelas profissões tecnológicas.

O evento, que ocorre no auditório do Bloco B-33 até o final da tarde, teve ainda palestra com a professora Sandra Regina Oliveira Garcia, da Universidade Estadual de Londrina, abordou o tema O Trabalho Integrado no Ensino Médio: limites e possibilidades. No período da tarde, serão apresentados relatos de experiências do PNEM, com formadores, orientadores, professores e diretores de colégios. Além disso, há a apresentação de painéis.

O PNEM consiste no desenvolvimento da formação continuada dos professores que lecionam no ensino médio e é executado por meio da parceria entre o Ministério da Educação, as secretarias estaduais de Educação e as instituições de ensino superior. As atividades formativas iniciaram no segundo semestre de 2014 e o Seminário marcará o encerramento da segunda etapa dos trabalhos no projeto, que é desenvolvido pela Coordenadoria de Apoio à Educação Básica da UEM (CAE).

O evento tem a participação de 150 professores-orientadores de estudos. Sem contar a equipe do PNEM, constituída por cinco formadores regionais e dois supervisores. Esse grupo é responsável pela formação de 2.143 professores do ensino médio da Região Noroeste do Paraná. Outros 50 professores cursistas, vão marcar presença, totalizando 207 participantes.

O PNEM na UEM abrange quatro Núcleos Regionais de Educação. São eles: o NRE de Maringá, o NRE de Cianorte, o NRE de Umuarama e o NRE de Goioerê. A coordenação está sob a responsabilidade dos professores Alessandro Santos da Rocha e Silvia Pereira Gonzaga de Moraes.  

Outras informações na CAE, pelo fone 44 3011-5259.