As atividades administrativas da UEM voltaram ao normal nesta quinta-feira, dia 25, após o segundo período de greve deste ano. Como o calendário acadêmico está suspenso, a expectativa do reitor em exercício, Julio Damasceno, é que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP), em reunião nesta sexta-feira, dia 26, a partir das 15 horas, delibere pelo retorno das aulas para segunda-feira, dia 29. O CEP também deve definir em breve sobre o novo calendário acadêmico e o novo período de realização do Vestibular de Inverno de 2015. Mas adiantou que os acadêmicos não serão prejudicados, nem na carga horária nem no conteúdo.

Nesse primeiro momento, Damasceno cita que serão intensificadas as ações de manutenção, reparo e limpeza dos câmpus para receberem os alunos. Sobre as 52 obras paralisadas, informou que a do Restaurante Universitário entra em ritmo normal de trabalho, já as demais dependem de negociações com o governo do Estado para liberação de recursos e com as construtoras para acertos administrativos, técnicos e/ou valores.  

Ainda segundo Damasceno, continuam também as negociações com o Estado para a liberação dos recursos aprovados na Lei Orçamentária Anual de 2015 para o desenvolvimento dos projetos/atividades vinculados à UEM, no valor de R$ 24.716.590,00. Esse montante é dividido em cotas trimestrais. O Estado fez a liberação da disponibilidade da primeira cota até o limite de R$ 5,409 milhões; e da segunda, até R$ 3,329 mil. A expectativa da UEM, explica o reitor em exercício, é de liberação de maior valor para o segundo trimestre.  

Para Damasceno, o orçamento já é definido com um grau de restrição que dificulta a manutenção da Instituição e, com os cortes, podem afetar muito o desenvolvimento normal das atividades. Ressalta que os cortes são mais prejudiciais para a UEM por sua característica multicâmpus, provocando prejuízos consideráveis.  

O encerramento da greve foi decidido em assembleias dos servidores técnicos e docentes filiados ao Sinteemar (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá) e Sesduem (Seção Sindical dos Docentes da UEM), na quarta-feira, dia 24. Assim como as demais universidades, a UEM também se mantém em estado de greve.  

O movimento reivindicava a correção salarial da inflação de 8,17% e a manutenção da data-base em 1º de maio. Nenhuma delas foi atendida pelo governo do Estado. A Assembleia Legislativa aprovou, no dia 22, a reposição da inflação apenas dos meses de maio a dezembro de 2014, de 3,45%, a ser pago somente a partir de outubro, e alterou a data-base do funcionalismo para 1° de janeiro. Em janeiro do próximo ano, o governo deve repor a inflação medida em 2015; em janeiro de 2017, será reposta a inflação de 2016, acrescido de 1% a título de perda salarial. Em maio de 2017, os servidores voltam a ter esse mês como data-base e recebem a reposição do primeiro quadrimestre de 2017.