A UEM está promovendo a VII Reunião Brasileira sobre Indução de Resistência em Plantas a Patógenos, desde quarta-feira até sexta-feira, dia 19 a 21, na sede social da Afuem. Iniciado em 2002, com os professores Sérgio Pascholati (Esalq) e Reginaldo Romeiro (in memorian), o evento nasceu com o objetivo de congregar pesquisadores que trabalhavam com indução de resistência no Brasil. O objetivo dos estudos é promover o controle de doenças em plantas utilizando moléculas não agressivas nem para plantas nem para pessoas, fazendo com as próprias plantas ativem mecanismos de defesa aos patógenos.   
Segundo a coordenadora da reunião, Kátia Regina Freitas Schwan Estrada (UEM), o evento tem grande importância nacional e permite a atualização do conhecimento de grande número de pessoas interessadas em discutir a importância da indução de resistência na agricultura. Comenta que o setor tem apresentado muitos avanços no País. Quando foi realizada a primeira reunião, não existia nenhum livro sobre o assunto no Brasil, hoje, está sendo lançada a quinta obra: Indução de Resistência em Plantas a Patógenos, editada por Kátia Regina Freitas Schwan Estrada, Cristiane Mendes da Silva, Aline José Maia, Cacilda Márcia Duarte Rios Faria e Julio César Colella. 

O evento reúne 320 participantes do Brasil, da Argentina, Colômbia, Espanha, Portugal e Uruguai; 160 trabalhos; seis palestrantes internacionais (Estados Unidos, Canadá, Índia, Suíça, Argentina) e sete brasileiros. É a primeira vez que ele é realizado fora do eixo UFV-Ufla-Esalq. Pascholati ressalta que não existe, na América Latina, na Europa e na África, reunião como essa que congrega pesquisadores em torno desse assunto. A permuta de experiências e conhecimentos sobre o tema dessa reunião entre os participantes contribuirá ainda mais para o progresso das pesquisas na área da Indução de Resistência nas universidades públicas e privadas, na Embrapa e nos institutos de pesquisa.

Schwan Estrada destaca que o setor tem apresentado grandes avanços nas pesquisas e também no interesse de empresas nacionais e multinacionais nos produtos desenvolvidos a partir de moléculas elicitoras.O grande entrave para o segmento é a legislação brasileira que não conta com a categoria indutor de resistência para obtenção de patentes. Os produtos e as pesquisas acabam sendo registrados como biofertilizantes, fertilizantes foliares, adubos foliares, inoculantes. Pascholati cita que os EUA e a Alemanha, não só contam com essa categoria, como cobram menos para seu registro. Informa que muitos países não aceitam produtos com agrotóxicos e a área de indução de resistência é a alternativa para conduzir o cultivo de forma mais natural, trocando defensivos e agrotóxicos por soluções mais naturais, produzindo alimentos de melhor qualidade, beneficiando o planeta.  

A reunião conta com apoio Unicentro, Unioeste e UTRPR. Outras informações podem ser vistas no site http://www.rbir.uninga.br/.