A empresa maringaense Tramaflex, instalada na Incubadora Tecnológica, assinou, nesta sexta-feira, dia 29, convênio com a UEM para execução de testes químicos e físicos de material desenvolvido pela firma. Serão avaliadas a resistência do material a diversos tipos de soluções, a resistência mecânica, a resistência a intempéries, resistência mecânica, a absorção à água, entre outros. A tecnologia para produção desse material foi desenvolvida pela Tramaflex e traz um alto benefício ao meio ambiente, já que sua matéria-prima é de resíduos de indústrias reflexográficas não recicláveis. O material pode se transformar em pisos, paredes, palanques, cruzetas, tampas de bueiros e outros materiais da construção civil. 

Segundo  o proprietário da empresa, Nilson Maximiano, a empresa está apta a atender a demanda. Comentou que a parceria com a UEM, intermediada pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e Incubadora Tecnológica de Maringá, é importante. Citou que é uma porta aberta que beneficiará o meio ambiente e que se deve pensar nessa união. Para ele, existem muitos projetos que poderiam se beneficiar disso.  

A coordenadora do NIT, Valéria Domingos Cavalcanti, disse que o momento representava os resultados de pesquisas dos professores da Instituição, competentes e idealistas, que fazem mais do que o básico porque acreditam na educação, na ciência, num país melhor. Destacou que o momento era de reconhecimento desse trabalho. Salientou ainda a necessidade de se desburocratizar o processo.  

O reitor Júlio Santiago Prates Filho falou que o momento era de comemoração e importante para a UEM. Ressaltou que a Universidade atingiu nível de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão e faltava sair do “muro” e intensificar as parcerias com as empresas, buscando mais a inclusão social e benefícios para a sociedade. Comentou que a UEM, apesar de carecer de recursos humanos, tem mostrado resultados. Disse que o caráter multidisciplinar faz com que a Instituição avance.  

José Márcio Peluso, do Departamento de Engenharia Civil, um dos coordenadores dos testes, ressaltou que acredita nesse tipo de acordo e que a UEM precisa do amparo financeiro advindo dos contratos. Eurica Mary Nogami, do Departamento de Química, outra coordenadora dos testes, disse que a parceria possibilitaria o crescimento. A vice-reitora Neusa Altoé comentou que ainda existe preconceito de que professores não podem ganhar dinheiro e que universidades não podem fazer trabalhos com empresas, mas que isso está sendo desmistificado.