Na tarde de 11 de setembro, o grupo de trabalho nomeado pela portaria 002/2013 entregou à superintendente do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), Magda Lúcia Félix de Oliveira, o relatório com as diretrizes da reestruturação do atual plano diretor do hospital. Elaborado ao longo de seis meses, o relatório apresenta as sugestões que deverão nortear as edificações e o paisagismo do complexo hospitalar nos próximos anos.
 
O atual plano diretor foi elaborado em 1994, cinco anos depois que o hospital começou a funcionar, e previu 300 leitos instalados em área física de 27.800 metros quadrados. Dezenove anos depois, o HUM ocupa atualmente 12.375,03 metros quadrados e possui 123 leitos, insuficientes para suprir as necessidades imediatas de atendimento à macrorregião.

De acordo com o arquiteto e ex-prefeito do campus da UEM, Igor José Botelho Valques, presidente do grupo de trabalho, a proposta de reestruturação prioriza o espaço físico, o paisagismo e a mobilidade e ambiência, visando à meta de expansão preestabelecida para 500 leitos. Os parâmetros utilizados buscaram a qualificação dos espaços e a readequação dos mesmos, seguindo as normas e legislações vigentes.

A metodologia definiu como áreas a restaurar os espaços que permanecem com o mesmo uso, mas necessitam de reforma; áreas a requalificar são espaços existentes com uso alterado por nova atividade e que também necessitam de reforma; áreas a ampliar, aquelas que receberão aporte ao espaço físico contíguo já existente; áreas a construir, os espaços novos inexistentes na área física atual; e áreas de expansão, aqueles espaços em localização vertical ou horizontal que podem potencializar a eficiência do complexo diante da dinâmica da necessidade de adequação.

Neste sentido, Valques explica que, sendo o HUM um complexo hospitalar composto por áreas afins tanto assistenciais, de ensino ou pesquisa, sugeriu-se que as edificações com finalidades exclusivamente de ensino da área da saúde estejam alocadas próximas ao complexo hospitalar, mas em outra área da UEM, externa à do plano diretor, em função da exígua área de expansão atual. Segundo ele, a falta de espaço também motivou a escolha pela verticalização das edificações com gabaritos mais altos, necessidade de acessos verticais rápidos, inexistência de áreas de conflito de circulação e mobilidade adequada.

O próximo passo, segundo o arquiteto, é licitar a contratação de uma empresa para desenvolver o plano diretor em conformidade com as diretrizes sugeridas. Depois de concluído, o novo plano diretor será encaminhado aos conselhos superiores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para que seja referendado.

Além de Valques, o grupo de trabalho é formado pelos servidores Angelita Polato, Dorvalino Gusmão de Aguiar, Edson Tochiaki Moribe, Franna Vicente Gomes, Ricardo Roberto Botter, Silvia Maria Tintori, Valmir Durante e Yvaldyne Maria Neves de Couto Melo.