O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) foi habilitado como unidade hospitalar integrante do Sistema Estadual de Referência Hospitalar para Atendimento à Gestante de Alto Risco pelo Ministério da Saúde/Secretaria da Atenção à Saúde. A portaria 533 foi publicada no dia 16 de maio. 

Meiry Moribe, chefe da Divisão de Contabilidade e Finanças do hospital, diz que embora o HUM atenda gestantes de alto risco desde 2002, a habilitação oficializa a participação do hospital na Rede Mãe Parananese, programa estadual que reorganizou o fluxo de atendimento às gestantes de acordo com o número de leitos disponível, ao qual o HUM aderiu em 1º de setembro de 2012, bem como a inclusão do hospital na Rede Cegonha, do governo federal. “A conquista da habilitação também é mérito do esforço dos funcionários do setor de faturamento, sempre muito dedicados a essa causa”, diz a superintendente Magda Lúcia Félix de Oliveira, ao comentar a habilitação. Até agosto do ano passado, o HUM era referência para gestantes de alto risco para os 29 municípios da 15º Regional de Saúde, menos Maringá. A partir da adesão ao Mãe Paranaense, o hospital passou a atender pacientes de alto risco para pré-natal de cinco unidades básicas de saúde: Mandacaru, Ney Braga, Jardim Olímpico, Iguatemi e Vila Esperança, além da microrregião de Paiçandu, que inclui Paiçandu, Ivatuba, Itambé, Floresta e Doutor Camargo. Complicações

De acordo com Viviane Guilherme Dourado, enfermeira responsável pelo ambulatório de gestação de alto risco do HUM, cerca de 15% das gestações apresentam algum tipo de risco de evoluir desfavoravelmente. “A gravidez é um fenômeno fisiológico e pode sofrer complicações resultantes de diferentes fatores”, explica.

Conforme o Ministério da Saúde, alguns deles estão relacionados a características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis, como idade maior de 35 anos, altura menor de 1,45m, anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos, situação conjugal insegura, conflitos familiares, baixa escolaridade, condições ambientais desfavoráveis, dependência de drogas lícitas ou ilícitas, hábitos de vida e exposição a riscos ocupacionais. A história reprodutiva anterior e intercorrências clínicas também se configuram como fatores de alto risco na gestação.