A Universidade Estadual de Maringá está sediando o 6º Seminário Paranaense de Meliponicultura: criação sustentável e conservação de abelhas sem ferrão, aberto, nesta sexta-feira (16/11), às 9 horas. O evento segue até amanhã (17/11) com transmissão das atividades ao vivo pela internet. Os interessados podem acessar o endereço www.dzo.uem.br/melipo6 e clicar no link disponível na página.

Vagner de Alencar Arnaut de Toledo, coordenador do SeminárioO Seminário conta com a participação de cerca de 200 inscritos, muitos dos quais apicultores de diversas regiões do Paraná. Segundo o coordenador geral, professor Vagner de Alencar Arnaut de Toledo, um dos objetivos do evento é criar uma regulamentação para comercialização dos produtos gerados a partir de abelhas sem ferrão, especialmente, o mel e o própolis. “Ao contrário da apicultura tradicional, a meliponicultura não tem parâmetros de produção e comércio o que impede a venda oficial  dos produtos. Nossa proposta é reunir representantes de diversos órgãos para que, juntos, possamos criar um modelo de regulamentação, que depois poderá ser aperfeiçoado”, anuncia Toledo. Essa iniciativa irá permitir a configuração da meliponicultura como atividade produtiva, servindo também de parâmetro para fiscalização, segundo ele.

Produção é maior no litoral

Presidente da Confederação Paranaense de Apicultura, Lucimar PontaraAs abelhas sem ferrão estão divididas em mais de 300 espécies, distribuídas naturalmente por amplas regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo. Entre as espécies mais comuns no Paraná, destacam-se: a jataí, a mandaçaia, as mirins e a tubuna. Segundo a presidente da Confederação Paranaense de Apicultura, Lucimar Pontara, o estado é modelo nacional na produção de mel com abelhas sem ferrão, também conhecidas como abelhas indígenas. Afirmando que a maior parte dos produtores encontra-se no litoral, Lucimar Pontara, que também é professora do Departamento de Zootecnia da UEM, acredita que a migração de um evento desse porte para o interior do estado é importante para a divulgação e crescimento da meliponicultura na região. “O Seminário também mostra que o setor está se organizando, e sem organização é impossível avançar como atividade produtiva”, declarou a presidente, destacando que o Paraná tem um grande potencial nessa área.

O professor Vagner Arnaut de Toledo aposta no aumento da representatividade deste evento científico, que a partir da presente edição passa a contar com seus anais, dando maior visibilidade aos trabalhos de pesquisa e atraindo novos participantes nas próximas edições. Toledo também anunciou que, em 2013, a disciplina de Meloponicultura será incluída na grade do curso de Zootecnia.

O palestrante de abertura do evento, professor do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Ademilson Espencer Egea Soares, elogiou a iniciativa da UEM e disse que com ela Maringá está saindo na frente. A Meliponicultura no Brasil foi o tema da palestra ministrada por ele.

A abertura do evento contou ainda com a presença do pró-reitor de Extensão e Cultura, José Gilberto Catunda Sales, do diretor-adjunto de Centro de Ciências Agrárias, Humberto Silva Santos, do chefe do Departamento de Agronomia, Clóves Cabreira Jobim, e do Secretário do Meio Ambiente de Maringá, José Miguel Grillo.

Para consultar a programação completa do seminário acesse a página do evento (www.dzo.uem.br/melipo6).