O Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramentos da UEM (PGM) comemorou os seus dez anos na manhã desta segunda-feira, dia 29. Durante a solenidade o seu coordenador, professor Pedro Soares Vidigal Filho, fez um resgate histórico do curso e disse que o PGM é o único na área de Genética e Melhoramentos do Sul do País. Destacou que, neste limiar de Terceiro Milênio, grandes desafios e novas oportunidades se apresentam.  “Na atualidade o planeta terra conta com uma população de aproximadamente 7 bilhões de habitantes, e a estimativa para o ano de 2050 é de termos uma população de 10 bilhões de habitantes. Com isto a demanda de alimentos será muito acentuada, e o Brasil será chamado, tal como está acontecendo neste ano de 2012, a dar a sua contribuição para o abastecimento mundial”.

Declarou ainda que o País terá dupla pressão, a demanda interna e a exportação. Nesse sentido, o PGM tem a contribuir com profissionais capacitados a desenvolverem cultivares mais tolerantes à seca, doenças e a pragas, com maior eficiência na absorção de nutrientes, melhor qualidade nutricional e organoléptica e que sejam adaptados a ambientes de baixa fertilidade, dentre outros.

A professora Maria Celeste Gonçalves Vidigal, citada como idealizadora do PGM, disse que, sem equipe, ninguém vai adiante. Comentou ainda que as linhas de pesquisa desenvolvidas no programa são áreas com grande potencial no mercado de trabalho. São elas Genética Vegetal, Genética Quantitativa e Melhoramento Vegetal, Genética Molecular e de Microorganismos e Genética Animal.  Lembrou que todos os alunos contam com bolsas de estudo e que os pesquisadores contam com recursos para suas pesquisas.

O chefe do Departamento de Agronomia, Altair Bertonha, convocou os alunos a avançarem porque o futuro sonhado por eles ainda está por vir. Destacou que os professores fizeram seu futuro e pegaram o boi à unha. Ressaltou que o curso tem o conceito 5, mas que quer isso se transforme na nota 7. “Querer mais é o futuro. E o futuro são vocês, a juventude”.

O diretor do Centro de Ciências Agrárias, Júlio Damasceno, elogiou o PGM, que já produziu quase 200 trabalhos, entre teses e dissertações, e estabelece relações com instituições relevantes do Brasil e do exterior. Destacou que a área é essencial ao Brasil e, especificamente, ao Paraná, essencialmente agrícola, que exporta e produz riquezas. Disse que é preciso guardar nossa diversidade genética e nos apropriamos do que é nosso.  

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Mauro Ravagnani, também citou que chegar ao conceito 7 é o objetivo da UEM. Nesse sentido, a Instituição tem trabalhado para a internacionalização dos programas de pós-graduação, que têm uma produção científica interessante, têm estabelecido relação com outros países, têm recebido alunos do estrangeiro. Informou que a UEM terá o seu primeiro programa de pós-graduação fora do câmpus sede. Será o de Ciências Agrárias em Umuarama. Comentou que esse foi um trabalho de equipe, um esforço coletivo. Com novos programas a serem aprovados pela Capes, a UEM deve chegar ao final do ano com o crescimento de 30% em seu número, chegando a 39 programas.  

Logo após, o coordenador-adjunto da Capes Dagoberto Martins, professor da UNESP de Botucatu, proferiu a palestra Avaliação Continuada da Pós-Graduação no Brasil. A comemoração também contou com o plantio de uma muda de árvore próximo do Bloco J-45.