O governador Beto Richa sancionou, nesta segunda-feira (24), na presença de reitores das instituições de ensino superior (IES), em Curitiba, a Lei Paranaense de Inovação, que prevê incentivos para aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos voltados para a inovação nas empresas, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do Estado do Paraná.

 

Para o reitor da Universidade Estadual de Maringá, Júlio Santiago Prates Filho, a lei “é uma conquista de todos, onde, sem dúvidas, nos dará instrumentos para que possamos, por meio da parceria entre a academia, o setor produtivo e o governo, buscar um desenvolvimento sustentável para o Paraná, através da ciência e da inovação”.

Ainda na opinião do reitor, as instituições de ensino superior do Estado têm capacidade instalada, com seus pesquisadores e professores da pós-graduação, de participar deste processo em que a Lei de Inovação vai ajudar a trazer melhorias, no sentido de buscar o desenvolvimento sustentável, que é o interesse da sociedade”.

Na mesma solenidade, realizada na sala de reuniões do governador, no Palácio Iguaçu, Beto Richa comunicou ao reitor Júlio Prates Filho que estava assinando decreto para a nomeação de 36 professores para a UEM. Trata-se da política de reposição de professores aposentados, falecidos, demitidos e exonerados por professores efetivos nas IES. Nos próximos dias, a Pró-Reitoria de Recursos Humanos da UEM dará posse a esses docentes.

Segundo o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e responsável pela elaboração do texto da lei sancionada, Júlio C. Felix, a sanção dessa lei é um anseio da comunidade científica no Estado do Paraná.

Para o secretário Alípio Leal, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, responsável direto pelo encaminhamento do projeto e à cuja pasta o Tecpar está vinculado, inovação demanda investimentos e riscos, mas não garante lucros. “É necessário que o governo apoie a inovação para que o Paraná cresça e desenvolva sua área cientifica. O incentivo estadual é inteligente, pois gera empregos, competitividade e fortalece a parceria público-privada”, destaca.

A nova lei preconiza que ao aplicar as medidas de incentivo o governo deverá dar prioridade a arranjos produtivos locais e a micro, pequenas e médias empresas de regiões menos desenvolvidas, que não possuem capacidade científica adequada.

A lei prevê segurança jurídica para os participantes e define a política de propriedade intelectual. Institui o Sistema Paranaense de Inovação, integrado por empresas e instituições com atuação na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação – entre as quais o Tecpar, o Iapar, a Fundação Araucária e as incubadoras tecnológicas existentes no Estado.

Um dos capítulos do texto trata da construção de ambientes especializados e cooperativos de inovação, aproximando as empresas privadas das Instituições Científicas e Tecnológicas do Paraná (ICTPR), órgãos da administração pública que têm por missão institucional executar, dentre outras, atividades de pesquisa básica ou aplicada. Essas instituições poderão, mediante remuneração, compartilhar laboratórios, equipamentos e materiais com empresas e outras organizações.

  Com informações da Seti