“Sou jurássica com muito orgulho.” Com essa frase bem-humorada, a nova superintendente do Hospital Universitário de Maringá, Magda Lúcia Félix de Oliveira, iniciou a entrevista coletiva concedida à imprensa local nesta segunda-feira (20), no auditório do Hemocentro. O jurássico referia-se ao tempo em que ela está vinculada à UEM, como docente do Departamento de Enfermagem desde 1980, e ao próprio hospital, onde atua desde 1989.
Magda Félix fez questão de destacar que seu cargo é pró-tempore e, mesmo dizendo que ainda é cedo para falar em prazo, garantiu que irá abrir as eleições para escolha do novo superintendente do hospital.
Sobre sua atuação à frente do maior hospital público da região de Maringá, com cerca de mil funcionários e orçamento de R$ 79,9 milhões, conforme previsão para este ano, ela disse que pretende apresentar, na próxima reunião do Conselho de Saúde, uma proposta com os serviços que hospital pode oferecer com qualidade. “O HU não pode ser banalizado”, desabafou a nova superintendente, fazendo referência às críticas que eventualmente são direcionadas ao hospital, pela cobrança de atendimentos para os quais ele não está aparelhado.
Classificado como hospital ensino, formam a base do HU de Maringá cursos de excelência, bem posicionados em importantes rankings nacionais. Um exemplo é o curso de Medicina que, no ano passado, foi o melhor pontuado em todo o país no Conceito Preliminar de Curso, cujo principal indicador é a nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). “Consequentemente, nossos recursos humanos são os mais qualificados da região”, destacou.
Governo e Hospital
A relação com o governo do Estado, por meio das secretarias da Saúde (Sesa) e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), passa por um bom momento e “o HU só tem a agradecer”. Segundo a superintendente, o hospital está recebendo aportes de recursos para as obras que fazem parte da estruturação do hospital até 2020.
Estão em fase de construção o bloco industrial e o bloco administrativo, que uma vez inaugurado irá “abrir espaço” para ampliação de cerca de 30 leitos de internação e novos leitos de terapia intensiva. E, ainda este ano, devem iniciar as obras do bloco cirúrgico, segundo adiantou Magda Félix. A previsão é que ele esteja concluído até 2016, com a inauguração de onze salas cirúrgicas, ampliando ainda mais a capacidade de atendimento à população.
Segundo a superintendente, o governo deve repassar R$ 4 milhões ainda este ano para o início das obras. E para o ano que vem é previsão é de que cheguem mais R$ 5 milhões.
Consenso
Com graduação em Enfermagem e doutorado em Saúde Coletiva, Magda Félix assumiu a superintendência do HU de Maringá, na última semana, interinamente, após o pedido de exoneração do então superintendente, José Carlos Amador. Ela foi escolhida em consenso entre reitor, vice-reitora, diretores do hospital e do Centro de Ciências da Saúde da UEM.
Durante essa semana, ela reúne-se com os diretores para delinear as principais diretrizes durante esse processo de transição, até a eleição do novo superintendente.