A partir da esquerda: Mario Luiz Azevedo, Enio Verri, José Antonio Gediel e Claudio Stieltjes.

A Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) da UEM promoveu, nesta quinta-feira (31), mesa-redonda para discussão de políticas públicas voltadas à terceira idade. Convidados debateram ações do governo e na educação. O procurador do Estado José Antônio Peres Gediel defendeu a inserção do idoso na sociedade por meio de políticas que enxerguem o envelhecimento como um processo.

Para o procurador, essa parcela da população é desvalorizada e dependente. “Das pessoas com mais de 80 anos, apenas 25% conseguem levar uma vida independente”, disse.

A comparação entre a desenvolvida Finlândia, na Europa, e o Brasil estiveram no discurso do professor da UEM Mario Luiz Neves de Azevedo. Lá, disse ele, “não existe essa diferença tão grande nas classes sociais como existe aqui”. Ele lamentou que apenas 45% dos jovens entre 15 e 17 anos estejam no Ensino Médio e 13% dos que têm de 18 a 24 anos frequentem a faculdades.

 “A educação da Finlândia é boa porque os professores são valorizados, e aqui estamos longe de conseguir a universalização do Ensino Médio”, afirmou o professor.

Sobre o papel do Estado, o deputado estadual Enio Verri (PT) pregou inclusão também à arte e ao conhecimento. Para ele, cabe ao governo melhorar as políticas e, aos idosos, mobilizar-se pelos seus direitos. “Apesar de existirem garantias de políticas públicas para todos os cidadãos, isso está muito longe dos direitos que os idosos deveriam ter”, falou o deputado.

 

O professor Claudio Stieltjes foi o moderador do debate.