O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Rodrigues de Carvalho, durante palestra na Universidade, na manhã desta sexta-feira (13), relatou que a Agência, não apenas regula e fiscaliza o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, mas também estimula a pesquisa e a adoção de novas tecnologias na exploração, produção, transporte, refino e processamento. Durante a palestra Fontes de Financiamento em P, D & I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) na área de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, explicou que os recursos para pesquisas e bolsas vêm dos royalties arrecadados pelo governo e dos valores da participação especial de responsabilidade dos concessionários de bacias bem produtivas.

Antes de explicar sobre as fontes de financiamento, Carvalho apresentou dados sobre as reservas e sobre a produção de petróleo, gás e combustível. Comentou que tanto as reservas como a produção apresentaram um grande avanço nos últimos anos, em razão do esforço empreendido em prospecção para localizar novas jazidas como na extração. Em 2001, as reservas provadas de petróleo e de gás eram, respectivamente, de 8,5 bilhões de barris e de 222,7 bilhões de m³; já em 2010, eram de 14,2 bilhões de barris e de 423 bilhões de m³. A produção de petróleo e de gás em 2001 foram, respectivamente, 471,8 milhões de barris e de 14 bilhões de m³, em 2010, foram de 750 milhões de barris e de 22,9 bilhões de m³. Mais de 80% da atividade petrolífera são verificadas nas bacias de Campos e de Santos. Disse que o trabalho de prospecção está sendo feito no País todo em busca de petróleo e gás.

Hoje, o Brasil é superavitário na produção. O consumo está em torno de 700 bilhões de barris por ano. Se não houvesse alteração nesses dados, a quantidade seria suficiente para mais 20 anos, isso sem considerar o pré-sal, que forneceria produto por mais 60 a 70 anos. Uma área que precisa ser melhorada, segundo Carvalho, é a de refinaria. O Brasil ficou 30 anos sem investir nesse setor, levando o País a exportar petróleo e a importar derivados de petróleo.

Carvalho é engenheiro químico, com mestrado em Engenharia Química na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado em Engenharia Química também pela Unicamp. Professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ocupa, desde junho do ano passado, o cargo de diretor da ANP. Tem mais de 26 anos de experiência profissional, atuando nas áreas de engenharia, gestão pública e universidade. A promoção do evento foi da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM (PPG).