Com 34 anos de existência, o curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) passa por uma de suas melhores fases de desempenho acadêmico. Conforme resultados de avaliação de cursos realizada pelo Ministério da Educação (MEC), e publicados no último dia 18 de novembro, a Agronomia obteve a nota máxima (conceito 5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).  

Este conceito coloca o curso no topo das melhores graduações da área do Brasil. Além do excelente desempenho atestado pela avaliação do MEC, a Agronomia da UEM também foi agraciada, neste ano, com o Selo de Curso Cinco Estrelas, concedido pelo Guia do Estudante, da Editora Abril.

O Guia do Estudante é uma importante publicação destinada aos  estudantes do ensino médio e pré-vestibulandos interessados na avaliação das condições de cursos de graduação em Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil.

A história de sucesso do curso de Agronomia teve início no dia 10 de junho de 1977, quando, em atendimento aos apelos das comunidades local e regional, o Conselho de Ensino e Pesquisa da UEM aprovou a criação do mesmo.

Conforme o coordenador do colegiado do curso de Agronomia, Telmo Antônio Tonin, o excelente desempenho é resultado de uma arrojada política de capacitação docente, iniciada em meados dos anos 80 e acelerada na década de 1990. Naquela ocasião, o Departamento de Agronomia (DAG) enviou cerca de 40% de seus professores para cursar pós-graduação, em nível de doutorado, tanto no Brasil quanto no exterior.

Hoje, o corpo docente do Departamento é constituído por 48 professores, atuando em dedicação exclusiva à UEM, sendo que 47 deles possuem doutoramento obtido nas mais tradicionais universidades tanto brasileiras quanto estrangeiras. E, atualmente, o processo de qualificação dos docentes do DAG, apoiado pela UEM, continua e vários docentes têm sido estimulados a fazerem o pós-doutoramento. Merece destacar ainda que um percentual considerável dos docentes da Agronomia da UEM são  pesquisadores renomados, com atuação em importantes órgãos ligados à ciência e tecnologia do País.

Ainda, conforme ressalta o coordenador, não podemos esquecer de que os bons frutos colhidos pelo curso é resultado de um trabalho árduo e de longa data.

Como resultado deste trabalho, a Agronomia da UEM propiciou, até este ano, a formação de cerca de dois mil engenheiros agrônomos. Estes profissionais encontram-se inseridos no mercado de trabalho, contribuindo para o progresso do agronegócio e da ciência agronômica do Paraná e de outras regiões do Brasil, e mesmo do exterior.

A excelência da Agronomia da UEM já há tempo vem sendo observada pela sociedade e tem chamado a atenção da juventude interessada na ciência agrícola. Tal fato é notado pela elevada concorrência por vaga em Agronomia nos Vestibulares promovidos pela Universidade. O interesse dos jovens por essa graduação decorre das oportunidades oferecidas, como a participação em projetos de iniciação científica; projeto PET; de pesquisa; e de extensão; mobilidade acadêmica, inclusive no Mercosul; realização de estágios, dentre outras atividades que propiciam uma formação sólida ao jovem profissional.

Em relação à origem dos acadêmicos, a maioria é paranaense, sendo que cerca de 25% dos estudantes do curso vêm de outros Estados brasileiros, principalmente de São Paulo. Tonim também salienta que o curso de Agronomia deixou de ser essencialmente masculino, e atualmente, há muito mais meninas ingressando no curso (25% dos novos alunos).

De forma a propiciar ao estudante uma formação em nível de excelência, o DAG possui diversos laboratórios de ensino, pesquisa e de prestação de serviços: Laboratório de Análise de Fertilidade do Solo; Análise de Plantas; Caracterização e Reciclagem de Resíduos; Clínica Fitopatológica; Entomologia Agrícola; Física do Solo; Fitopatologia; Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto Aplicado ao Meio Ambiente; Máquinas Agrícolas; Micropropagação in vitro; Plantas Medicinais; Laboratório de Melhoramento do Feijoeiro Comum e Biologia Molecular;  Tecnologia de Sementes; Tecnologia de Transformação e Conservação de Produtos Agropecuários (TTCPA).

Outros laboratórios de ensino e pesquisa encontram-se disponíveis para uso no Núcleo de Estudos Avançados em Ciência das Plantas Daninhas; (NAPD); Núcleo de Biotecnologia Aplicada (NBA), no Núcleo de Pesquisa Aplicada a Agricultura (Nupagri), e no Centro Técnico de Irrigação. Além disso, os estudantes recebem treinamento a campo na Fazenda Experimental de Iguatemi, horta didática, horta de plantas medicinais, pomar experimental e setor de cultivo protegido.

Outro importante fator que tem propiciado o bom desempenho da graduação em Agronomia da UEM, conforme destaca o coordenador do colegiado, é a forte interação existente entre os estudantes da graduação e da pós-graduação.

Na UEM, o Departamento de Agronomia é o único que conta com dois Programas de Pós-Graduação: o de Agronomia (PGA), criado em 1995, e o de Genética e Melhoramento (PGM), cujas atividades iniciaram-se em 2002. Ambos programas desfrutam de excelente avaliação na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o Conceito 5, que os habilita a comporem o Núcleo de Excelência em Ciências Agrárias do Brasil.

Os egressos do PGA e do PGM estão ocupando posições importantes em diferentes Universidades no Paraná e no Brasil, e em Instituições públicas e privadas de pesquisa e de desenvolvimento agropecuário.

Atualmente, os programas apresentam forte inserção internacional, assegurada por meio de publicações em importantes periódicos científicos internacionais. Em função desse excelente desempenho, um crescente número de estudantes têm sido enviados ao exterior para desenvolverem parte de suas atividades de pesquisa em instituições renomadas de ensino e de pesquisa da Europa e América do Norte.

Os estudantes de graduação trabalham de forma integrada e interagem com os estudantes de mestrado e de doutorado por meio dos Programas de Iniciação Científica. Com isso, obtém-se uma atmosfera altamente positiva e de elevado nível técnico e científico, que impulsiona os docentes e os acadêmicos tanto em nível de graduação como pós-graduação. O resultado desta interação reflete na melhoria da capacidade técnico-científica dos alunos do curso de graduação em Agronomia e, por sua vez, em uma maior competividade e empregabilidade dos jovens profissionais no disputado mercado de trabalho do agronegócio paranaense e brasileiro.

De acordo com o coordenador, como conseqüência obtém-se o nível de qualidade manifestado nas avaliações a que o curso da UEM vem sendo submetido, qual seja, a excelência em Agronomia!

Por fim, Tonin enaltece que o curso de agronomia da UEM está cumprindo seu papel social porque, na medida em que coloca no mercado profissionais da mais alta competência e qualificação, está dando um retorno à sociedade quanto aos investimentos feitos por meio do pagamento de impostos.

Para o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, estas conquistas obtidas pela agronomia são fruto de um trabalho coletivo, envolvendo professores, alunos e agentes universitários que prestam serviço ao curso. Prates Filho enfatiza que o curso contribui, com suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, para elevar a UEM a um patamar de destaque no cenário nacional, principalmente no que se refere ao desenvolvimento de novas tecnologias para o campo.