O programa Hortas Comunitárias de Maringá recebeu, ontem (22), em Brasília, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011, que reconhece projetos sociais inovadores que apresentam resultados positivos para a comunidade. Este é o terceiro prêmio conquistado pelas Hortas Comunitárias de Maringá, que tem a UEM como principal parceira, por meio do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana (Ceraup).

 

A Universidade oferece serviços de Assistência Técnica e Extensão Rurbana (ATER – Rural e Urbana) na formação aos agricultores urbanos e periurbanos, bem como equipamentos, como, por exemplo, os poços semi-artesianos, por meio de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Ali, também encontra-se apoio à implantação de empreendimentos produtivos solidários e agroecológicos.

Segundo o coordenador do Ceraup/UEM, Ednaldo Michellon, professor do Departamento de Agronomia, o prefeito de Maringá, Silvio Barros II, já reconheceu publicamente inúmeras vezes que a entrada da UEM no processo dinamizou sobremaneira a agricultura urbana na região metropolitana de Maringá, pois aliou a capacidade de produção teórica com a prática da extensão, potencializando os trabalhos tanto na quantidade atendida como na qualidade. “Assim, é possível afirmar que dificilmente uma ou outra instituição sozinha ganharia tantos prêmios, reforçando a importância de parcerias sólidas para o êxito da erradicação da fome e da miséria no Brasil”, afirma.

 O projeto de Maringá recebeu o Prêmio Rosani Cunha de Desenvolvimento Social, do MDS; e o Prêmio Internacional da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistências (Adra). O último reconhecimento foi da Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. O Prêmio, concedido a cada dois anos, tem por objetivo identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional e que sejam efetivas na solução de questões relativas à alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde.

Em 2011 foram 1.116 inscrições, enviadas por instituições públicas e de ONGs de todo o Brasil. 27 se destacaram pelo alcance social e o Projeto de Agricultura Urbana foi o vencedor numa das categorias.

Maringá está com 20 hortas comunitárias, envolvendo mais de 500 famílias que, juntas, produzem uma média de 200 toneladas ao ano. As hortas são destinadas às famílias de baixa renda que moram nas proximidades e que estejam cadastradas no programa municipal. Além de melhorar a alimentação de centenas de pessoas envolvidas na produção e moradores dos bairros inseridos no programa, as Hortas Comunitárias melhoram a renda das famílias que comercializam a produção excedente.

 O programa Hortas Comunitárias de Maringá foi criado em 2007 e conta com o apoio de outras entidades, como a Eletrosul, Usina de Açúcar Santa Terezinha, Ministério do Desenvolvimento Social e Instituto Brasileiro de Saúde Preventiva (Ibsp). E o modelo do projeto de Hortas Comunitárias da Secretaria de Serviços Públicos de Maringá está sendo implantado no município paulista de Conchal entre outros.

O projeto receberá R$ 80 mil do MDS. Os recursos serão direcionados à prefeitura para ser investido na infraestrutura programa.