O prazo para visitar a exposição Breviário: páginas de um caderno de imagens, da artista plástica Tânia Machado, foi estendido até 15 deste mês, no Teatro Calil Haddad. Estão expostos 28 pinturas que mostram um recorte de possíveis poéticas na forma de páginas de um caderno de imagens. Machado, que é coordenadora do Grupo Artes Plásticas e Industriais da UEM (Apis), citando o Wikipédia, explica que o termo breviário provém do Século XI, quando apareceu um livro que continha todos os textos necessários para o ofício divino da igreja católica, que condensava num só volume o que, até então, encontrava-se repartido em vários livros. Por ser mais ‘breve’ e prático, passou a ser conhecido por esse nome, que se manteve até a última reforma litúrgica para designar cada um dos volumes. Já o seu sentido figurado indica leitura habitual ou predileta.

A artista, que também é professora da UEM na Diretoria de Cultura, comenta que o que conduziu a produção destes trabalhos foi a observação das formas de reter na memória as coisas e pessoas, e o hábito de fazê-lo no dia a dia. “A maneira como anotamos essas memórias possíveis pode ser em pequenos cadernos, que muitas pessoas carregam, com pauta ou sem pauta. Chamo-os de Moleskine, cadernos de viagens, caderno de artista... É nele que desenhamos, anotamos, duvidando da nossa memória. Observamos o mundo que nos cerca e nele buscamos inspiração para a criação”.

“E nesse caminho encontro a memória e o tempo, de forma objetiva na imagem gerada pelo desenho e pintura e as diferentes maneiras de vê-los, olhá-los: uma paisagem pode ser bela, sublime, insignificante ou feia...Inspirada em Bérgson, encontro a imagem-lembrança, na qual, é possível o reconhecimento de uma percepção já experimentada, na qual, nos refugiamos para buscar uma certa imagem. Nelas, podemos reter o movimento dos significados, que nos indicam pedaços de situações passadas. Armazenamos o passado como memória. Conseguimos isso  a partir das nossas experiências e os nossos hábitos, que são perspectivas de comunicações estéticas, éticas, políticas a um só tempo”.

A mostra está na sala de exposições do Museu Helenton Borba Cortes e pode ser vista de segunda a sexta feira, das 8 às 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 14 às 18 horas. A exposição é realizada pela UEM e pela Prefeitura de Maringá/Secretaria de Cultura.