Reunido, na tarde da última quinta-feira (27), com representantes da comunidade universitária da UEM, o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, se comprometeu a resolver os problemas mais urgentes das universidades públicas do Estado, como a falta de professores e de repasse de mais verbas para o custeio das instituições.

 

Segundo ele, a falta de recursos começará a ser resolvida a partir dos ajustes a serem feitos no orçamento do Estado para 2012, pois o orçamento deste ano foi elaborado pelo governo anterior e, de acordo com o secretário, não previu algumas situações, entre elas o aporte de verba para a manutenção de cursos na Universidade. Alípio Leal foi recebido pelo reitor Júlio Santiago Prates Filho e durante cerca de duas horas e meia, acompanhado do assessor de Planejamento do Ensino Superior da Seti, Décio Sperandio; e do presidente do Tecpar (Instituto Tecnológico do Paraná), Júlio Félix, falou sobre o trabalho que vem desenvolvendo na pasta. Depois, respondeu a perguntas da plateia. Sobre a reunião que teve, na última quarta-feira (26), em Brasília, com o secretário de educação superior do MEC (Ministério da Educação), Luiz Cláudio Costa, ao lado dos reitores das instituições de ensino superior paranaenses, Alípio Leal disse que o objetivo principal foi levar ao governo federal o propósito de que é mais barato para a União investir nas universidades estaduais do que abrir novas instituições federais. Nos próximos dias 2 e 3 de dezembro, conforme o secretário, Luiz Cláudio Costa será recebido em Curitiba para, junto com Alípio Leal e sua equipe, mais os reitores das IES do Paraná, discutir a unificação das propostas de financiamento do governo federal para as universidades estaduais.

O secretário disse que o governo não aceitará novas unidades de saúde como hospitais de ensino enquanto não “arrumar os hospitais” em funcionamento.

Outra questão abordada por ele é que a Seti não vai autorizar a abertura de novos cursos de graduação até que seja sanada a falta de professores. Alípio revelou que aposta no projeto de uma Lei de Inovação elaborada pelo governo estadual, que está na Casa Civil. Para ele, se for aprovada, pelos deputados, como está sendo sugerida, a proposta fará com que, com a nova lei, acabe “a relação marginal” entre a academia e o setor produtivo. De acordo com o secretário, os R$ 2,9 milhões de custeio cortados da UEM no início do ano não poderão ser suplementados em forma de emenda parlamentar, mas garantiu que está buscando a viabilidade desta suplementação junto à Secretaria Estadual de Planejamento e Coordenação Geral. Alípio Leal solicitou a contribuição da UEM na elaboração de um planejamento estratégico para o ensino superior, considerando a excelência comprovada da Universidade que, pelo terceiro ano consecutivo, foi eleita, pelo MEC, a melhor do Estado. Ele também disse que está trabalhando para viabilizar as readequações nas carreiras dos professores e dos agentes universitários. Após a reunião, na sala dos Conselhos Superiores, o secretário recebeu, junto com Prates Filho, no Gabinete da Reitoria, representantes dos agentes universitários das classes I, II e III, que entregaram para Alípio Leal documento com as reivindicações da categoria para a melhoria na carreira. Para o reitor da UEM, a visita do secretário da Seti é muito importante, pois mostra que Alípio Leal vem colocando a Universidade como parceira para atingir as metas estabelecidas pelo governo estadual no que se refere à ciência, tecnologia e inovação.