Uma homenagem à médica sanitarista Zilda Arns Neumann marcou a abertura do 2º Simpósio Maringaense de Gerontologia. A solenidade ocorreu na manhã desta quarta-feira (10), no câmpus da Universidade Estadual de Maringá, no auditório do Bloco I-12. O Simpósio é um evento realizado de dois em dois anos, sendo que esta edição está sob a organização da Unati, a Universidade Aberta à Terceira Idade, da UEM, com apoio da Reitoria e das Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação, de Ensino e de Extensão e Cultura. As atividades seguem até sexta-feira, sempre colocando em debate temas relativos à qualidade de vida da pessoa idosa, à educação do idoso e ao processo de envelhecimento.

Entre os convidados para a abertura do Simpósito estava a pediatra Mariane Arns, sobrinha da doutora Zilda. Ela agradeceu a homenagem e pediu para que o exemplo de trabalho e de solidariedade da tia esteja sempre presente. Ela também aplaudiu a iniciativa da Unati que, nas palavras dela, vem trabalhando pela valorização do idoso e pela construção de uma sociedade mais justa.

Além da pediatra, participaram da mesa de abertura o reitor Júlio Santiago Prates Filho, o coordenador geral e a coordenadora pedagógica da Unati, Claudio Stieltjes e Regina Taam, o diretor do Sesc, Antônio Vieira, a professora Marli Lambi, que coordenou todo o projeto de criação da Unati.

Para Stieltjes, a Unati vem se consolidando não apenas pelo seu papel pedagógico, mas também como um espaço de luta política em que o objetivo é melhorar as condições de vida e a defesa dos direitos humanos da pessoa idosa. “Na Unati, não pensamos de forma abstrata. Agimos”, pontuou ele.

Regina Taam lembrou que na edição de 2008 do Simpósio a Unati ainda estava em processo gestatório. “Naquela época estávamos grávidos da Unati e ainda não sabíamos se o sonho iria se concretizar”.

A concretização tanto foi possível, que entre os inscritos para o Simpósio, muitos são alunos da Unati. E desses, alguns até brindaram o público presente com apresentações musicais. O senhor Arnaldo Coelho, por exemplo, cantou, à capela, o clássico de Gardel, El día que me quieras. E o Coro da Unati, sob a regência do professor Paulo Lopes, apresentou Trem de Ferro.

Prates Filho salientou que a Unati é um projeto bem sucedido e que os esforços necessários para a sua consolidação serão empreendidos. Lembrou que ela completou um ciclo dentro da UEM. “Temos nossa creche que cuida de crianças na primeira idade e que são filhos e filhas das servidoras. Temos o Colégio de Aplicação Pedagógica que oferece ensino médio e fundamental. Temos os cursos de graduação e de pós. Se não fosse a Unati, esse ciclo não estaria completo”, disse o reitor.

O professor da Universidade de São Paulo, Franklin Leopoldo e Silva (foto ao lado), proferiu a palestra de abertura, intitulada A Duração da Vida na Filosofia. Silva discorreu sobre um dos maiores problemas filosóficos desde a antiguidade: a passagem do tempo, sua natureza e percepção.
Na programação de amanhã (11), a professora Solange Maria Teixeira, da Universidade Federal do Piauí, irá falar sobre Envelhecimento e Trabalho no Tempo do Capital. Será às 8h30, no anfiteatro do Bloco C-67. Em 2008, ela conquistou o Grande Prêmio Capes de Tese Celso Furtado, que outorga distinção às teses de doutorado defendidas e aprovadas nos cursos reconhecidos pelo MEC.
O estudo da professora teve como objetivo analisar tanto os determinantes da problemática social do envelhecimento do trabalhador quanto as formas de respostas do Estado e da sociedade, mediante as propostas e iniciativas pioneiras de trabalho social com idosos; de segmentos da burguesia brasileira e do Estado, por meio de programas sociais para a “terceira idade” e da legislação social contemporânea que inclui a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso.

O Simpósio também vai apresentar experiências de trabalho com a terceira idade, como o desenvolvido no Sesc, no Centro-Dia, Centro de Convivência e na própria Unati.

Outras informações sobre o evento pelo fone 3011-8995 ou 3011-5096, ou ainda no site www.uem.br/unati.