Reitor em exercício discursa na posse dos novos conselheiros       Foram empossados, nesta quarta-feira, dia 7, os coordenadores e coordenadores adjuntos dos cursos de graduação e de programas de pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá, bem como os representantes titulares e suplentes dos departamentos que não possuem cursos de graduação. Os empossados irão compor o Conselho Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da UEM. 

A posse teve início às 9 horas no auditório do Nupélia e contou com a presença do reitor em exercício, professor Mário Azevedo, dos diretores e diretores adjuntos dos sete centros da Universidade, dos pró-reitores, professores e técnicos de diferentes departamentos da Instituição.

Discursando em nome dos professores que encerram o mandato, a professora Onélia Aparecida Andreo dos Santos, que por quatro anos esteve à frente do conselho acadêmico do curso de Engenharia Química, que representou no CEP, lembrou as mudanças nas atribuições do Conselho, sofridas após as alterações no Estatuto da Universidade, em 2008.

Segundo ela, antes da reforma competia ao CEP “analisar e deliberar sobre a criação dos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação, seus projetos político-pedagógicos e posteriores alterações; legislar sobre matérias didático-pedagógicas de caráter geral e decidir acerca de recursos interpostos”.

Com a reforma, Onélia dos Santos, destaca que “ganharam vida os Conselhos Interdepartamentais, os quais absorvem grande parte das atribuições até então de competência do CEP”. E lembrando que, como os coordenadores integram também essa novas instâncias, algumas matérias são apreciadas duplamente: no CEP e nos Conselhos Interdepartamentais. “Em razão disso, não raras vezes vivenciamos uma crise de identidade, de competência”, disse.

Ao relacionar que ao coordenador compete a gestão acadêmica/didático/ pedagógica, a gerência e a gestão política e institucional do curso, Onélia dos Santos criticou a falta de secretarias exclusivas para cada um dos coordenadores, bem como a falta de salas individuais e aparelhadas para atendimentos de alunos, pais e professores. “No entanto, mesmo em meio a tanto trabalho, a tantos desafios, aos sentimentos de impotência e de desamparo que às vezes nos acometeram, acreditamos ter cumprido o compromisso assumido”, finalizou a professora.

Um tom diferente se desenhou no discurso do professor João Alencar Pamphile, que falou em nome dos coordenadores, coordenadores adjuntos e representantes de departamentos no CEP que iniciaram seu mandato. Embora tenha reconhecido que as dificuldades são reais e precisam ser enfrentadas, ele transitou por outros caminhos, dizendo que o trabalho dos coordenadores é o de gestor de sonhos. “Os sonhos dos que chegam das portas do ensino médio, no caso da graduação, ou daqueles que vem de um curso de graduação, no caso da pós-graduação”, comparou.

E parafraseando Mahatma Gandhi, Pamphile disse que “o coordenador deve ser um sonhador prático. Não deixando os sonhos se converterem em fantasias vazias, mas auxiliando na conversão dos mesmos em realidade. Preparando o caminho, os instrumentos pedagógicos e as oportunidades para que os acadêmicos possam concretizar suas metas de desenvolvimento”.

Pamphile finalizou seu discurso convidando os novos coordenadores a continuar sonhando sempre. “Pois, quem sabe, desses sonhos não nasçam outros cursos de graduação e de pós-graduação na UEM”.

O reitor em exercício reconheceu a complexidade da tarefa do coordenador de curso e lembrou que, em 2008, com a reforma, a Universidade teve a chance de refletir sobre seu futuro. Afirmando que não há tréguas nessa missão, Azevedo destacou a coincidência de  sentar-se à mesa principal do evento ao lado dos dois candidatos que concorrem ao pleito que irá escolher o próximo reitor da Universidade, no dia 18 de agosto. São eles os professores Julio Santiago Prates Filho e Mauro Luciano Baesso.

“Nos próximos quatro anos, um deles estará à frente da Universidade e não tenho dúvidas de que saberão montar uma boa equipe, ao mesmo tempo em que saberão ler nossas insatisfações e tomar as melhores decisões”, disse o reitor em exercício, sublinhando que a UEM de hoje é fruto de 40 anos de trabalho acumulado.

Azevedo também deu as boas-vindas aos novos conselheiros e disse que eles não se preocupassem tanto com ranking, pois estes são a consequência de um trabalho sólido realizado no dia-a-dia dos departamentos. Fez um apelo pela continuidade e consolidação do projeto de internacionalização da UEM para a graduação, refazendo um caminho que a pós-graduação já trilha com tranquilidade e maestria.

E por fim, deu um tom de despedida ao seu discurso, lembrando que em outubro entrega o cargo. “Esse quarto ano de gestão está sendo tão bom quanto os três primeiros”, disse ele, destacando que o trabalho continua com afinco. “Não abrimos mão de trabalhar e de continuar refletindo sobre os caminhos da Universidade”.