Uma pesquisa envolvendo a Universidade Autônoma de Madrid, na Espanha, com a participação do Observatório das Metrópoles de Maringá, vai mapear os dados ambientais e os dados sociais de Maringá, de maneirar a cruzá-los e oferecer propostas que possam subsidiar políticas públicas na área de ecologia urbana.

Os espanhóis Juan Pedro Ruiz, César Lopes Santiago e Pablo Garcia estão em Maringá para fazer a coleta de dados da pesquisa. Ruiz é professor e o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Urbana da Universidade Autônoma de Madrid, enquanto que Santiago é doutor em ecologia ambiental e Garcia é doutorando pelo Programa.

Junto com o maringaense Fábio Angeoletto, também doutorando pelo mesmo Programa e pesquisador do Observatório das Metrópoles, eles pretendem identificar dados ambientais relativos, por exemplo, à coleta de lixo, e dados sociais, como o grau de escolaridade dos moradores e a ocupação do espaço na cidade.

A pesquisa “Ecologia Urbana na Região Metropolitana de Maringá: paisagem, qualidade de vida e desenvolvimento humano”, terá três anos de duração e é financiada pelo governo espanhol.

Segundo Garcia (na foto com César Santiago), o estudo envolve Maringá pelo fato de a cidade ser considerada modelo de qualidade ambiental e ter a forte presença do Observatório das Metrópoles, instalado na Universidade Estadual de Maringá, atuando na área de políticas públicas.

A idéia é que, no final da pesquisa, os resultados sejam divulgados num seminário internacional, em Maringá, para estimular a elaboração de propostas de intervenção no espaço público sob o ponto de vista da ecologia urbana.

Ainda de acordo com o pesquisador espanhol, a preocupação com o tema se deve à constatação de que as cidades médias estão crescendo muito, causando fortes impactos ambientais inclusive no seu entorno.

Conforme ele, levantamentos apontam que, a partir de 2007, passou a existir, no mundo, mais pessoas morando nas cidades que na zona rural. A projeção é que em 2050 a população nas áreas urbanas seja o dobro que a atual e que 35% das terras hoje cultiváveis serão ocupadas pelas cidades.