Começou, hoje de manhã (27), na UEM, no anfiteatro do bloco C-67, o II Simpósio de Pós-Graduação em Engenharia, que está debatendo questões relacionadas com problemas ambientais, escassez de água, desafios dos transportes das cidades, formas de ocupação de espaços urbanos e uso do ambiente. Especialistas renomados do Brasil e de outros países participam do evento, que termina amanhã (28), e falam sobre esses grandes desafios.

Durante a solenidade de abertura, o coordenador do Simpgeu, Sandro Lautenschlager, explicou a logomarca do evento, uma gota estilizada com prédios dentro e sobre duas linhas paralelas. A gota representa a pureza da água, a linha azul que a circunda é o hidrogênio e a linha preta, o oxigênio. As linhas são o sonho dos engenheiros: vias livres. O professor da Universidade Federal de São Carlos, Arquimedes Azevedo Raia Júnior, lembrou o início do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana em sua instituição há 15 anos, algo inovador para a época, o ver a questão urbana como um todo. Aproveitou a ocasião para chamar para a mesa-redonda que discutirá os rumos da Engenharia Urbana, pensando nos desafios que se apresentam.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana da UEM, Evaristo Paredes, citou a complexidade que envolve as cidades e, por isso, a necessidade de se pensar com racionalidade técnica, objetivando diminuir as desigualdades urbanas e sociais. O diretor do Centro de Tecnologia, Mauro Ravagnani, disse que o CTC possui três programas de pós-graduação Sricto sensu e que a intenção é ter um programa para cada curso de graduação. Para ele, o desenvolvimento de pós-graduação significa o desenvolvimento de toda a instituição, que tem o papel de devolver à sociedade o investimento público recebido da melhor forma possível. Uma delas é qualificando profissionais.

O diretor de Pesquisa, Benedito do Prado Dias Filho, informou que faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) que busca projetos para o futuro do município. Lembrou que a cidade demanda dezenas de soluções em várias áreas, como na de equipamentos, lixo, legislação, meio ambiente, saúde, bem-estar, segurança, transporte, reuso da água, integração regional, e que os programas de pós-graduação podem contribuir.

O professor António José Pais Antunes, da Universidade de Coimbra, Portugal, proferiu a palestra Modelos de Otimização para o Planejamento de Infraestruturas. Antunes abordou as técnicas de otimização para territórios amplos, sistemas de cidades, com uma visão mais integrada, pensando medidas em conjunto com municípios vizinhos. Ele explicou as melhores formas de se organizar os espaços públicos das cidades, como por exemplo, escolher os locais ideais para escolas, creches, unidades de saúde, entre outros.

Outros destaques do evento, promovido pelo Departamento de Engenharia Civil e Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana da UEM e também pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana da Universidade Federal de São Carlos, são o consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Alex Kenya Abiko, que falará sobre Urbanização de Favelas, amanhã (28), das 15h30 às 16h30; e a professora Anna Magrini, da Universidade de Pávia, que discorrerá sobre Ruído em Ambientes Externos: indicadores de qualidade acústica e avaliação das possibilidades de intervenção, também na sexta-feira, das 14 às 15 horas.

Outras informações pelo fone 3261-4322 ou site www.dec.uem.br/simpgeu.